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A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que a quantidade de sal consumida por dia seja 5 gramas, ou ainda 1.600 mg de sódio. Contudo, a correria do dia a dia e o excesso de alimentos industrializados na dieta fazem com que esse valor seja facilmente extrapolado. Pesquisas apontam que o brasileiro ingere mais que o dobro de sal recomendado, chegando a 12g diários.
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O sal em excesso é uma das causas de graves problemas de saúde, como hipertensão arterial e danos renais. Para ajudar as pessoas a rever a sua dieta e procurar formas de viver de maneira mais saudável, a coordenadora do curso de Nutrição do CEUNSP, Amanda Calegari, explica sobre os diferentes tipos de sal que existem e sobre suas indicações de uso. Confira abaixo:
Sal de cozinha: é o mais comum e mais usado no preparo dos alimentos. De acordo com as leis brasileiras, o sal de cozinha deve conter iodo, para prevenir o bócio, que é o crescimento anormal da glândula tireoide. Pelo alto teor de sódio na sua composição (40%), o ideal é ser consumido no máximo 2 gramas por dia, pois outros alimentos como embutidos, enlatados, pães, bebidas industrializadas, enfim, qualquer produto industrializado contém sódio em sua composição, o que eleva rapidamente o limite de sal para os 5g totais recomendados ao dia.
Sal light: apresenta um reduzido teor de sódio, sendo uma mistura de Cloreto de sódio – sal comum (50%) e de Cloreto de potássio (50%). Geralmente é indicado para pessoas que têm restrição ao consumo de sódio. Entretanto, indivíduos com doenças renais não devem utilizá-lo, pois o aumento da ingestão de potássio pode causar um acúmulo do mineral no organismo, elevando o risco de complicações cardiovasculares, além de formação de cálculos renais.
Sal marinho: é mais caro que o sal de cozinha por ser praticamente um sal artesanal. Sua extração vem de raspagem manual da superfície de lagos de evaporação. Não difere do sal em teores de sódio (420mg em 1g) mas, por não ser tão processado, tem seus minerais mais preservados. Pode ser grosso, fino ou em flocos. Dependendo da região que é retirado e da composição de minerais, pode ser branco, preto, cinza ou rosa, não devendo ser confundido com o Sal Rosa do Himalaia.
Flor de sal: são basicamente os cristais retirados da camada superficial das salinas. Sabor mais intenso e textura crocante, indicado acrescentar após a preparação do alimento, para finalizar um prato salgado ou mesmo doce, como um acabamento delicado de sabor, agrega sabor inclusive em brigadeiro – já provou brigadeiro com flor de sal? Contém um teor de sódio ligeiramente maior (450mg em 1g)
Sal do Havaí: coloração rosa avermelhada em virtude da presença de argila havaiana, rica em dióxido de ferro (390mg em 1g).
Sal negro: muito pouco utilizado, o sal negro tem esta coloração pela presença de enxofre e ferro, que confere um sabor sulfuroso peculiar (380mg em 1g).
Sal Rosa do Himalaia: sua coloração vem de sua riqueza em cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro. Possui menor sódio que o sal de cozinha (230mg em 1g) e é tido como livre de toxinas ou poluentes, motivos que o levam a ser utilizado para melhoria da saúde global.
Apesar de muita gente acreditar que o Sal Rosa do Himalaia é mais saudável, já que é mais rico em minerais, a professora explica que essa é uma ideia errada e que nem sempre se aplica. “Sais com menor teor de sódio podem ser interessantes para alguns, mas para outros nem tanto, pois algumas pessoas consomem naturalmente tão pouco sódio que o uso do sal convencional pode ser interessante. Outro ponto é o fato do sal rosa não ser iodado, ou seja, enriquecido de iodo, outro mineral com ação fundamental ao organismo. Pessoas que não consomem alimentos marinhos, por exemplo, se beneficiariam mais do simples sal comum, por causa do iodo”, finaliza.
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