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Em tempos de crise, os bancos começam a pensar em maneiras de manter as aplicações na poupança, já que, por causa da sua baixa rentabilidade (0,5% ao mês mais a TR, ou 6,17% ao ano mais a TR), o número de resgates tem crescido, seja porque o investidor precisa pagar suas contas, seja porque ele procura algo mais lucrativo.
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Para se ter uma idéia, os saques da poupança somam R$ 50 bilhões, somente entre janeiro e setembro deste ano. As informações são da Folha de S. Paulo.
Diante desse cenários, sorteios e prêmios passaram a ser um atrativo utilizados pelas instituições financeiras. E não é só. Há pouco mais de um mês, por exemplo, o Banco do Brasil lançou a Poupança dos Sonhos, que permite ao cliente atribuir objetivos, como viajar e se aposentar, para a reserva financeira, além de acompanhar o crescimento do dinheiro acumulado para alcançar cada meta.
Para entender por que os bancos desejam manter o dinheiro dos clientes na poupança, é preciso destacar que ela é uma fonte barata de recursos. Boa parte do dinheiro aplicado nela vai para o financiamento da casa própria, linha que segue sendo explorada pelos bancos mesmo na crise, porque o risco de calote é menor.
Ainda segundo a Folha, no Banco do Brasil, a poupança tem 20 mil clientes e saldo próximo de R$ 50 milhões - o banco tinha quase R$ 150 bilhões em depósitos de poupança em junho, dado mais recente. Com a Poupança dos Sonhos, a instituição espera reverter a tendência, por meio da criação de um apelo emocional que estimule o hábito de poupar.
"O produto está ajudando na retenção da carteira", diz Edson Pascoal Cardozo, diretor de empréstimos e financiamentos do BB.
O Santander é outro banco que aposta em estratégias para recompensar clientes que aumentarem os depósitos na poupança. Todo mês, o banco sorteia prêmios de até R$ 50 mil para quem aumenta o saldo aplicado na poupança em R$ 200. A promoção começou em outubro de 2015, tinha prazo mais curto, mas foi prorrogada até o final deste ano.
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