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Após 10 meses de crise política e duas eleições nacionais, a Espanha voltou a ter um governo. O rei Felipe VI acolheu o juramento Mariano Rajoy como primeiro-ministro em uma cerimônia nesta segunda-feira (31). O evento foi possível após o Parlamento aprovar por maioria simples o nome de Rajoy no último sábado (29).
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Apesar de por fim ao conflito, o premier não conta com a maioria no Parlamento e terá que negociar muito para conseguir aprovar medidas desejadas por seu governo. O novo Gabinete do primeiro-ministro deve ser anunciado na quinta-feira (3) e Rajoy toma posse, oficialmente, na sexta-feira (4).
O líder do Partido Popular havia assumido o cargo de premier em 2011 com a maioria dos votos, mas a deterioração da base política, as crises econômicas e o fim da alternância histórica no poder com o Partido Socialista (Psoe), levou a Espanha a uma crise política sem fim.
Até mesmo a confirmação do nome de Rajoy veio após a direção do Psoe ordenar que seus parlamentares se abstivessem na segunda votação, realizada no último sábado. Com isso, foram 170 votos aprovando o nome do líder do PP, 111 contra e 68 abstenções. Porém, mesmo com a ordem, 16 membros do Psoe romperam com o partido e votaram contra o nome de Rajoy.
O PP venceu as duas eleições anteriores, em 20 de dezembro de 2015 e 26 de junho deste ano, mas não obteve maioria no Parlamento espanhol. Para evitar uma terceira votação em um ano, os líderes dos dois maiores partidos - PP e Psoe - fizeram uma espécie de "acordo" para permitir que o país voltasse a ter um governo. A atitude dos socialistas foi muito criticada por outras siglas de esquerda, que acusaram o Psoe de "traição", e que votaram em peso contra o nome de Rajoy. (ANSA)
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