© REUTERS/Remo Casilli
Em visita a Preci, cidade atingida pelo terremoto do último domingo (30) na região central da Itália, o primeiro-ministro Matteo Renzi disse nesta terça-feira (1º) que a reconstrução das áreas afetadas pelo tremor levará tempo e não será feita com uma "varinha mágica".
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O premier participou de uma missa pelo Dia de Todos os Santos, ao lado da governadora da Úmbria, Catiuscia Marini, e do prefeito de Preci, Pietro Emili. "Existe uma emergência da reconstrução. Levará tempo, mas conseguiremos. Não temos uma varinha mágica, mas reconstruiremos, ainda que seja necessário muito tempo", afirmou.
Segundo Renzi, quem promete "milagres" em situações do tipo provoca danos ainda maiores porque "alimenta a tensão e as falsas expectativas". "Estou aqui para dizer que não será fácil, mas que faremos todos juntos. Ninguém será excluído", acrescentou.
Além disso, o primeiro-ministro prometeu reconstruir os imóveis destruídos no mesmo lugar onde ficavam, aplacando o temor que muitos desalojados sentem de serem transferidos para outras cidades. A resposta do governo à emergência dos terremotos será dividida em quatro etapas.
Na primeira, as autoridades pedirão para desabrigados deixarem seus municípios, mas por um período "limitado". Depois, serão montados contêineres nas cidades afetadas para receber os desalojados enquanto eles esperam a construção de casas pré-fabricadas de madeira, a terceira fase do cronograma.
Essas residências devem ficar prontas entre o fim da primavera europeia e o início do verão, em meados de 2017. A última etapa será a reconstrução de fato das áreas atingidas. Segundo Renzi, do mesmo jeito que eram antes do terremoto, mesmo os imóveis históricos.
Custo
No início de outubro, o governo já havia determinado a alocação de 4,5 bilhões de euros para a reconstrução das cidades devastadas pelo tremor de 24 de agosto, que tirou a vida de 298 pessoas. Desse total, 3,5 bilhões serão destinados a imóveis privados, e 1 bilhão irá para edifícios públicos.
De imediato, já foram liberados 300 milhões de euros para cobrir despesas emergenciais. Com os recentes sismos de outubro, o Conselho dos Ministros aprovou a alocação de mais 40 milhões de euros, mas ainda é incerto quanto custará a reconstrução das áreas destruídas nos últimos dias.
Até o fim da semana, o governo deve aprovar um novo decreto-lei com novas medidas para as zonas afetadas. Além disso, será preciso contabilizar também os investimentos no programa "Casa Italia", que prevê intervenções para proteger as construções do país contra abalos sísmicos. (ANSA)
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