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A venda de veículos novos no Brasil teve queda de 0,57% em outubro ante setembro, para 159.049 unidades, informou nesta terça-feira, 1º de novembro, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O mês de outubro, no entanto, contou com um dia útil a menos (20). Na média diária, portanto, houve crescimento de 4,4%, para 7,9 mil unidades, em levantamento que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
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Na comparação com outubro do ano passado o mercado tem retração mais intensa, de 17,22%. Mas como também há um dia útil a menos em outubro deste ano, a média diária tem recuo menor, de 13,1%. No acumulado do ano, a venda de veículos novos alcança 1,667 milhão de unidades, baixa de 22,28% ante o resultado registrado em igual período de 2015.
Por segmento, automóveis e comerciais, juntos, somam 154.875 unidades vendidas em outubro, praticamente estável em relação a setembro, com queda de 0,06%. Na comparação com outubro do ano passado, o recuo é de 16,4%. De janeiro a outubro, os emplacamentos dos dois segmentos totalizam 1,613 milhão de unidades, declínio de 21,92% sobre o volume alcançado em igual intervalo do ano passado.
No mercado de caminhões, foram emplacadas 3.417 unidades em outubro, baixa de 17,74% ante o volume de outubro e recuo de 40,92% em relação a setembro do ano passado. Nos primeiros dez meses, os licenciamentos chegaram a 42.067 caminhões, retração de 31,55% ante igual período de 2015.
Entre os ônibus, foram vendidas 757 unidades, queda de 8,57% em comparação com o número de emplacamentos em setembro. Em relação a outubro de 2015, o volume comercializado representa recuo de 30,61%. De janeiro a outubro, foram emplacados 11.913 ônibus, recuo de 32,56% sobre o nível de igual período do ano passado.
As quedas no mercado de veículos no Brasil ainda refletem a alta continuada do desemprego e o crédito restrito por parte das instituições financeiras. Representantes de associações do setor automotivo, como a Anfavea e a Fenabrave, acreditam que o quarto e último trimestre de 2016 deve marcar a retomada das vendas. Para o ano inteiro, no entanto, a projeção da Anfavea é de queda de 19%, considerando todos os segmentos.