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A Rússia desempenhou um papel fundamental para ajudar o Líbano a resolver o impasse político que impediu o país de eleger um presidente por mais de dois anos, disse à Sputnik Amal Abu Zeid, membro do bloco político libanês Mudança e Reforma.
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Na entrevista à Sputnik Árabe, Amal Abu Zeid disse que o Líbano e a Rússia continuam reforçando suas relações "estratégicas e promissoras", especialmente devido aos depósitos de petróleo e gás do Líbano que deverão desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da cooperação energética entre os dois países.
"A Rússia ajudará o Líbano a produzir petróleo e gás, já que Moscou tem uma experiência efetiva neste campo. O presidente eleito Michel Aoun compreende como a Rússia ajudou o Líbano a nível diplomático a superar o hiato presidencial no país sem ter dado apoio direto a ninguém", disse ele.
Ele acrescentou que Michel Aoun incluirá a Rússia na lista de países que ele planeja visitar no futuro mais próximo.
"O presidente decide ele próprio essas questões, mas eu conheço sua posição sobre a Rússia e seu papel no Oriente Médio, portanto não tenho dúvidas de que o Presidente visitará a Rússia em breve", disse Abu Zeid. Quanto à política externa do Líbano na região árabe, ele citou Aoun, dizendo que é necessário estabelecer relações amistosas com todos os países árabes por várias razões, incluindo o fato de que o Líbano é membro e um dos fundadores da Liga Árabe.
Outro fator importante é o país desempenhar um papel fundamental na região do Mediterrâneo Oriental. De acordo com Abu Zeid, apesar do desacordo entre Aoun, o partido libanês Movimento Patriótico Livre e os países do Golfo, ainda é possível estabelecer boas relações diplomáticas e econômicas entre o Líbano e esses países.
"E também se deve ter em mente que um grande número de cidadãos libaneses trabalham nos países do Golfo, assim, um dos principais desafios é manter um bom nível de relações com os Estados Árabes com base no respeito pela independência e estabilidade do Líbano", assinalou ele.
Michel Aoun, ex-primeiro-ministro e general do exército, foi eleito presidente anteontem (31), após 45 tentativas de eleição que se prolongaram por mais de 2 anos.
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