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O Banco Central do Egito anunciou nesta quinta-feira que deixará a moeda local, a libra egípcia, flutuar livremente. A intenção da medida é acabar com o mercado paralelo de dólares e também assegurar um necessário empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI), e ela já levou a divisa local a se desvalorizar quase 50%.
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O BC egípcio, que também elevou a taxa de juros em 3 pontos porcentuais, disse que a decisão de "liberar as taxas de câmbio" tinha como objetivo a retomada da compra e venda de moeda estrangeira para o setor bancário para "melhor refletir a oferta e a demanda".
O Banco Nacional do Egito, maior banco do país, disse em seu site que o dólar poderia ser comprado a 13 libras egípcias e vendido por 13,50. Anteriormente, a taxa de 8,88 libras egípcias por dólar era mantida desde março.
Anos de turbulência política e a piora do terrorismo prejudicaram as principais fontes de moeda forte do Egito, o turismo e o investimento estrangeiro direto. Com a queda nas reservas externas, o país foi forçado a controlar a oferta de dólares, a fim de ter a moeda para pagar por itens essenciais, como trigo e medicamentos. Isso levou empresas locais ao mercado paralelo em busca de moeda forte.
Uma taxa cambial mais flexível é uma das várias exigências que o Egito precisa cumprir para conseguir um empréstimo de US$ 12 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI). O empréstimo de três anos, aprovado em princípio em agosto, depende também do corte de subsídios, entre outros pontos. No mês passado, o primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, disse que 60% do financiamento bilateral havia sido garantido.
As reservas egípcias em moeda estrangeiras estavam em US$ 19,6 bilhões no fim de setembro, acima dos US$ 16 bilhões do fim de agosto, segundo o banco central. O BC egípcio adotou outras medidas hoje, como elevar suas taxas de juros em 3 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.