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O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, foi derroatado na disputa pela Prefeitura de Olinda (PE) no segundo turno, e deu início não somente a uma crise no PSB pernambucano, mas também na família.
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Tonca, como é conhecido, se diz inconformado com a falta de apoio do partido e de parentes na campanha. De acordo com a Folha de S. Paulo, o também escritor criticou duramente a todos, inclusive a Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 2014.
O político se referiu à ex-cunhada como "ingrata" e a acusou de fazer indicações nos quadros nos Executivos do Recife e de Pernambuco: "Ela deveria explicar a quantidade de cargos que tem nos governos estadual e na prefeitura", disse Tonca.
O candidato derrotado ainda afirmou que a influência de Renata sobre a legenda teve inícipo após a morte do ex-governador, que antes comandava sozinho o PSB. "Quem sempre mandou foi Eduardo Campos. Ele fazia de conta que ouvia Renata, assim como fazia de conta que ouvia outras pessoas. Mas quem decidia era ele", afirmou em entrevista à Folha após perder a disputa municipal.
Antônio também diz que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lhe deu apenas apoio protocolar e fez críticas não só a ele, mas a seu entourage e ao PSB local.
"São arrogantes e noviços na política. Não querem uma nova liderança. Querem que os atuais permaneçam, ir apagando devagar a imagem de Eduardo", acusou Tonca.
Na próxima segunda-feira (7), Antônio Campos quer se encontrar com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para tratar da polêmica partidária.
"Sou candidato em 2018 [a deputado federal]. Vou lutar por dentro do partido para que ele mantenha-se fiel às raízes", disse o irmão de Eduardo Campos.
O advogado declarou querer continuar no PSB, mas não descartou trocar de partido para levar seu plano pessoal adiante.
Outro lado
Renata Campos e Paulo Câmara disseram que a reação do candidato derrotado já era previsível e que o PSB local não se empenhou por questões de arranjos políticos.
Em nota, o PSB afirmou discordar das declarações de Antônio Campos. "É princípio básico da democracia respeitar o resultado das urnas", diz o comunicado oficial.
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