©  Rubens Chiri / saopaulofc.net 
Exemplos de equipes com elencos milionários e vencedores em um passado não muito distante, São Paulo e Corinthians se enfrentam neste sábado (5), às 19h30, no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela 34.ª rodada do Campeonato Brasileiro, convivendo com uma realidade bem diferente, em que os três pontos podem significar sentimentos distintos para os dois lados do confronto.
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O São Paulo já avisou que vai apostar forte nos meninos de Cotia (seu CT da base) em 2017. Neste sábado, alguns deles terão a oportunidade de mostrar se estão prontos, física e psicologicamente, para encarar a pressão de jogar pelo time principal e enfrentar um clássico em um estádio lotado. Serão mais de 50 mil são-paulinos apoiando a equipe. O técnico Ricardo Gomes não antecipou a escalação, mas conta com Rodrigo Caio, David Neres e Pedro como possíveis titulares, além de Luiz Araújo, que tem entrado frequentemente nas últimas partidas.
Com chance remota de brigar por vaga na Copa Libertadores e ainda tentando se afastar do pequeno risco de rebaixamento, as últimas rodadas do Brasileirão valem para o time tricolor como laboratório para os garotos mostrarem personalidade. A diretoria evita falar de reforços para a próxima temporada, mas ressalta que a nova geração deve ganhar espaço. Além da qualidade dos meninos, a falta de recursos para grandes investimentos acaba sendo um "incentivo" para o lançamento dos garotos.
"A boa formação do São Paulo é responsável. Quando você forma bem, você colhe. O São Paulo forma bem e me dá várias opções, como o David Neres, o Pedro e o Luiz Araújo", disse Ricardo Gomes.
O Corinthians ainda encara o Brasileirão como um caminho claro para tentar amenizar a situação financeira complicada. Ficar fora da Libertadores seria um desastre para o cofre do clube, que neste ano ganhou cerca de R$ 7 milhões só pela participação no torneio continental e, quando a disputa, arrecada muito mais com bilheteria.
A diretoria e o técnico Oswaldo de Oliveira dizem que não traçam o planejamento pensando em qual competição disputarão, mas é claro que a ausência na Libertadores fará o clube frear possíveis investimentos em atletas mais renomados. "A minha preocupação é com a saída de jogadores que exerciam uma grande liderança e foram campeões brasileiros ano passado. Precisamos restabelecer a confiança, principalmente nos setores em que perdemos mais jogadores", analisou o treinador.
Embora o dinheiro não vá para o futebol, mas sim para pagar o estádio Itaquerão, a queda na bilheteria também é algo que preocupa os corintianos e pode ser amenizada com a classificação para a Libertadores. Quando a arena foi inaugurada, a previsão era arrecadar de R$ 200 a R$ 250 milhões por temporada com a venda de ingressos. Em 2016, com números mais realistas, a proposta orçamentária era acabar o ano com pelo menos R$ 127 milhões. Porém, o clube conseguiu até agora apenas R$ 80 milhões e tem mais duas partidas em casa - contra Internacional e Cruzeiro. A estimativa é que o valor total fique na casa dos R$ 90 milhões.
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Ricardo Gomes não divulgou a escalação e as dúvidas estão no meio e no ataque. Wesley e Kelvin disputam uma posição próximo de Cueva, enquanto que o jovem Pedro briga com o argentino Chavez por uma vaga na frente. Oswaldo de Oliveira não terá o goleiro Walter, com dores na coxa direita. Entretanto, o meia Guilherme retorna, após cumprir suspensão. E o volante Willians ganha mais uma chance, deixando Camacho no banco de reservas. Com informações do Estadão Conteúdo.
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