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O ministro do STF (Superior Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, reconheceu o peso da avaliação do TSE sobre as contas da campanha da chapa vencedora das eleições presidenciais em 2014.
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Gilmar afirmou que a decisão que será tomada sobre a separação das contas de campanha de Dilma e Temer na ação de impugnação de mandato eletivo em tramitação na Corte terá de levar em consideração "grande responsabilidade institucional", diz reportagem do Valor.
O ministro também afirmou que há evidências de que campanha de Dilma Rousseff à presidência em 2014 teria custado bem mais do que o valor declarado — pelo menos R$ 1,3 bilhão, dos quais só cerca de um quarto foram oficialmente declarados— além de outras irregularidades.
"O que vai acontecer no caso atual, eu não sei. Mas o tribunal terá que fazer a avaliação levando em conta um quadro de grande responsabilidade institucional", afirmou Gilmar.
"Esse caso será histórico", continuou o ministro. "Ele vai nos permitir verificar o que foi feito na campanha de 2014 e vai nos permitir dizer o que não poderá mais se fazer", continuou o ministro referindo-se a doações de campanha.
Segundo Gilmar, nunca o TSE julgou um caso parecido. "No máximo, havíamos discutido casos de abuso em campanha de televisão. Mas, agora, com as revelações da Operação Lava-Jato, se sabe muito mais sobre a campanha." O presidente ressaltou que o relator da ação, ministro Herman Benjamin se disse "chocado com os valores estratosféricos na campanha e as confissões que foram feitas".
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