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Prestes a fechar a maior delação premiada da história do Brasil, a Odebrecht tem bancado as despesas pessoais e seus executivos que concordaram em colaborar para a execução do acordo. Além disso, por decisão de Emílio Odebrecht, ao se dar conta das proporções que tomariam as negociações para fechar o acordo de colaboração do grupo com o MPF, foram reservados R$ 800 milhões do caixa da companhia para custear as multas penais individuais previstas aos mais de 70 executivos e ex-executivos do conglomerado, informou a reportagem do Valor.
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"Quase oito meses após a divulgação do comunicado intitulado "Compromisso Com o Brasil", em 22 de março, em que o Grupo Odebrecht manifestou o desejo de colaborar com a Justiça para "a construção de um Brasil melhor", os mais de 70 candidatos a delator em colaboração premiada produziram, em média cerca de 40 páginas de informações à Justiça cada um, o que significa que as colaborações premiadas da Odebrecht deverão totalizar nada menos do que 2,8 mil páginas de conteúdo.
Todos os investigados ligados à empresa que buscam o acordo de colaboração premiada já tiveram suas penas definidas após séries de duras rodadas de negociações travadas por seus advogados com procuradores que atuam na Operação Lava-Jato.
Ontem, defensores e investigadores ainda discutiam a condição de uma pessoa relacionada a Odebrecht. Faltava definir se ela figuraria como ré colaboradora ou apenas como leniente, representante de uma pessoa jurídica do grupo na esfera cível.
Dos mais de 70 candidatos a delator, quase todos terão de cumprir prisão em regimes combinados de semiaberto e aberto."
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