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Karol Conká é hoje um dos nomes artísticos mais fortes da luta negra e feminista no Brasil. É frequente ouvir em suas músicas trechos que pregam o empoderamento dos negros e das mulheres. A luta esconde um passado dolorido, como ela mesma contou em conversa recente ao 'Saia Justa' do canal GNT.
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"Meus pais me colocaram em um pedestal a partir do momento em que viram que tinha um problema em casa: uma criança de sete ou oito anos se molhando na água sanitária para descolorir a pele. Meu pai ficou indignado", disse.
Dentre outras revelações, ela destacou as humilhações sofridas na escola, como quando a própria professora a chamou de "galinha da Angola". "Contei para a minha mãe que ela zombava do meu cabelo, falava que eu era amaldiçoada porque nasci negra, que não tinha raciocínio lógico", conta, em relato surpreendente.
Foi quando a cantora se deu conta de que outros negros ao seu redor tinham baixa escolaridade, como o pai. "Meu pai tinha parado na quarta série, ele também sofria preconceito e achava a escola um saco, bateu nos coleguinhas e foi expulso. Minha tia a mesma coisa", relata.
E num dos momentos mais especiais da vida de uma criança, o Natal, a cantora já sabia o que pedir ao Papai Noel: ser branca.
Recentemente Karol se uniu à funkeira Mc Carol em uma 'música protesto' intitulada "100% feminista".
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