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A corregedoria-geral da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas pediu a prisão temporária de dez policiais suspeitos de envolvimento no desaparecimento de três jovens em Manaus, em 29 de outubro.
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Segundo o corregedor Leandro Almada, há fortes indícios de que Alex de Melo, 25, Rita da Silva, 19, e Weverton Gonçalves, 21 foram mortos pelos policiais. Os dez oficiais estão presos temporariamente, por cinco dias. As informações são do jornal manauara "A Crítica".
Segundo a publicação, de acordo com o secretário Sérgio Fontes as investigações estão avançadas e devem ser concluídas até o final desta semana.
DESAPARECIMENTO
Alex, Rita e Weverton desapareceram enquanto voltavam de uma festa na madrugada do último dia 29, no bairro Grande Vitória. Após o desaparecimento, suas famílias conseguiram um vídeo que mostra os três na moto de Weverton sendo abordados pelos PMs em um bloqueio.
Em seguida aparece um segundo carro da PM, os três são colocados em um dos veículos e um policial conduz a moto. Os familiares fizeram buscas numa estrada de terra próxima, que segundo moradores da região é usada como desova de corpos pela PM.
No local, encontraram a sandália de Alex em meio a rastros de sangue. Um morador afirmou aos familiares ter ouvido tiros horas antes.
As famílias tentaram então registrar a ocorrência, mas os policiais de plantão se recusaram a fazer o registro, alegando que não podiam fazer nada antes de segunda (31), por causa da eleição. Revoltados, parentes e amigos organizaram um protesto diante do complexo policial, de onde foram dispersos com tiros de borracha pela tropa de choque da PM. Na confusão, os manifestantes queimaram um carro.
Na primeira versão divulgada pela PM, o protesto havia sido orquestrado por traficantes, causando um tiroteio. O capitão Alberto Neto afirmou em seu perfil no Facebook que "esses traficantes (...) chegam a causar prejuízos para o cidadão de bem e para polícia até quando desaparecem".
Dos três desaparecidos, apenas Alex, mecânico de profissão, tem passagem pela polícia, por narcotráfico. Com informações da Folhapress.
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