Trump dá pistas dos que podem ocupar cargos

Ele também deve convocar nomes de fora da política

© Reuters / Mike Segar

Mundo GOVERNO 09/11/16 POR Folhapress

Desde o começo se vendendo como o "outsider" que vai "drenar o pântano" (como se refere a Washington), e brigado com meio Partido Republicano, o presidente eleito dos EUA deve montar um gabinete tão distinto quanto a sua vitória, a primeira de um presidenciável sem qualquer digital política prévia.

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É esperado que Trump misture em seu time executivos e os poucos aliados políticos que lhe foram fiéis do início ao fim, como seu "trio parada dura" : Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, Chris Christie, governador de Nova Jersey, e Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara nos anos 1990 -todos candidatos a ganhar um posto no alto escalão da nova gestão.

Potencial procurador-geral, Giuliani rivaliza com Trump na retórica agressiva. Sua metralhadora verbal mirou de Hillary Clinton ("muito estúpida para ser presidente") ao movimento Black Lives Matter ("inerentemente racista").

Christie, ex-adversário nas prévias partidárias, foi saudado como "um cara inteligente demais" no discurso de vitória que Trump deu na madrugada de quarta (9). Na campanha das primárias, ele também teve sua cota de propostas polêmicas: como a de rastrear imigrantes como se fossem "pacotes de FedEx" e a de pôr em quarentena quem voltasse de viagem do Brasil, na época com epidemia de zika.

Possível futuro secretário de Estado, Gingrich gosta de recomendar a repórteres uma das autoajudas executivas de Trump, "A Arte do Negociação" (1987). Nela, o autor argumenta: "Se não for divertido, qual é o ponto?"

Antes de renunciar, em 1999, Gingrich se divertiu no Congresso. Liderou a Câmara após quatro décadas de domínio democrata e advogou pelo impeachment do então presidente Bill Clinton, envolto em escândalos sexuais -depois se descobriu que o deputado mantinha caso extraconjugal à época.

Outro "grande homem" e cotado para secretário de Defesa, Jeff Sessions (Alabama) foi o primeiro senador a apoiar Trump. Os dois se conheceram em 2005, após o empresário criticar uma reforma de US$ 1,2 bilhão no prédio da ONU, defendida pela gestão republicana de George Bush. Trump disse que faria melhor (pelo valor de US$ 500 milhões) e ficou até tarde no Senado para defender o plano, "comendo sanduíches do Subway com a minha equipe", disse o senador de políticas igualmente duras contra a imigração.

Trump também deve convocar nomes de fora da política. Steven Mnuchin é forte candidato a secretário do Tesouro. Ex-Goldman Sachs, o executivo já doou para democratas no passado -como Trump-, de Al Gore a Barack Obama, e tem uma produtora que levantou filmes como "Avatar" e "Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme".

Cofundador da Lucas Oil, Forrest Lucas está na pré-lista para secretário do Interior, um posto que também interessaria ao primogênito do presidente eleitor, Donald Júnior. Com informações da Folhapress. 

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