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O ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira virou réu no processo originado da 27ª fase da Operação Lava Jato. O juiz federal Sergio Moro aceitou o pedido do Ministério Público Federal, que denunciou o petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em abril, Pereira ficou cinco dias preso por decisão do magistrado.
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Os outros réus no processo são José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, o ex-presidente da construtora OAS, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, José Paulo dos Santos Reis e Cesar Roberto Santos Oliveira, ambos da empresa GDK, fornecedora da Petrobras.
A denúncia da procuradoria diz que Pereira recebeu propina da empresa GDK, para ajudar a empresa a ganhar um contrato com a Petrobras para o fornecimento de materiais e serviços nas obras da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, localizada no Espírito Santo.
O valor do contrato era de cerca de R$ 400 milhões. Pela ajuda, o petista ganhou um automóvel da marca Land Rover. O presente da empreiteira foi descoberto durante o escândalo do mensalão e a GDK acabou sendo desclassificada da licitação e não fechou o contrato com a estatal.
Os procuradores da Lava Jato dizem que Pereira também recebeu R$ 486 mil de propina da construtora OAS, decorrentes de contratos da Lava Jato. O petista teria recebido o valor entre os anos de 2009 e 2011 via contratos de falsa prestação de serviços da empresa DNP Eventos, de propriedade do ex-secretário geral do PT. Os procuradores dizem que a empresa é de fachada.
Na decisão desta quarta-feira, Moro destacou que parte desses crimes já foi apurada em outro processo da Lava Jato. Segundo ele, a suposta participação de Sílvio Pereira é um desdobramento daquela investigação. "Os fatos não se confundem, entretanto, com o objeto desta ação penal, pois aqui se apuram eventuais pagamentos de propinas no contrato de Cacimbas, módulo 1, Fase II, envolvendo a empresa GDK", disse Moro. Com informações da Folhapress.