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Os contratos futuros de petróleo operam sem direção definida nesta manhã, próximos da estabilidade, influenciados pela divulgação de um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) em que a entidade afirma que a produção dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiu recorde em outubro e que deve continuar elevada em novembro.
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Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro operava em alta de 0,15%, a US$ 46,43 por barril, às 07h57 (de Brasília). No mesmo horário, o WTI para dezembro cedia 0,49%, a US$ 45,05 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Os preços operavam no azul antes da publicação do documento, refletindo ainda certo apetite por risco investidores após a vitória eleitoral do candidato republicano Donald Trump, que fez os contratos da commodity negociados em Londres e Nova York fecharem em alta na sessão anterior, em linha com o movimento dos principais índices acionários em Wall Street.
A alta registrada ontem ignorou o crescimento dos estoques norte-americanos divulgados pelo Departamento de Energia (DoE). Segundo o órgão, houve crescimento de 2,432 milhões de barris na semana encerrada em 4 de novembro, número superior à previsão de alta de 900 mil barris feita por analistas consultados pelo Wall Street Journal.
Em seu mais recente relatório, a AIE afirma que a produção da Opep subiu 230 mil barris por dia (bpd) em outubro, pelo quinto mês consecutivo, para um recorde de 33,83 milhões de bpd. Os ganhos vieram principalmente em função do incremento da atividade em países membros como a Nigéria, Líbia e Iraque. A agência ainda afirmou esperar que a produção do cartel continuará elevada em novembro.
Os números da AIE vão na direção contrária do discurso da entidade, cujos integrantes se encontram no final do mês, em Viena, para finalizar um acordo sobre a redução da produção.
"Não podemos prever o resultado da reunião de 30 de novembro, mas podemos ver a escala da tarefa adiante", comentou a AIE, que presta consultoria sobre políticas de energia a países industrializados.
A previsão para a demanda mundial pela commodity em 2017, por outro lado, foi mantida em 1,2 milhão de bpd. A AIE também revisou para cima sua previsão para a oferta de países não membros da Opep, em especial a Rússia. Os estoques globais avançaram pelo segundo mês consecutivo em setembro, com alta de 17,1 milhões de barris. (Marcelo Osakabe, com informações da Dow Jones Newswires)