A Polícia Civil vai apurar a morte de uma mulher de 68 anos, vítima de picada de cobra em Franca (SP), no dia 26 de outubro.
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De acordo com a família da vítima, a Santa Casa de Franca teria se negado a aplicar o soro antiofídico, que é gratúito e disponível da rede pública de saúde, porque a paciente tinha plano de saúde privado.
Após passar por outras duas unidades de saúde em busca do soro, Maria José Alves de Almeida retornou à Santa Casa, onde buscou inicialmente o atendimento três horas antes, em grave estado de saúde.
“O veneno já havia entrado na corrente sanguínea, já havia subido para o cérebro. Ela teve uma hemorragia cerebral, em razão do sangue não estar coagulando, e entrou em coma", informou o marido.
A mulher chegou a ser transferida às pressas para a UTI do Hospital Regional, mas não resistiu e veio a óbito, informou o G1.
Para o delegado responsável pelo caso, Luiz Carlos da Silva, há indícios de omissão no socorro médico.
Questionada, a Santa Casa de Franca alegou que a mulher deveria ter procurado atendimento na Santa Casa de Patrocínio Paulista (SP), unidade mais próxima ao local onde teria acontecido o ataque de cobra.
Indignado, Almeida procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência.
“Quando recusaram falando que não poderiam aplicar o soro antiofídico em razão do plano de saúde existente, nesse momento deixaram de prestar socorro à mulher. Como é sabido, o sucesso no tratamento de uma pessoa picada por cobra é a urgência, a rapidez na aplicação do soro”, afirma Souza.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que apenas a Santa Casa está habilitada a aplicar o soro contra o veneno de cobra em Franca.