© Philippe Wojazer / Reuters
A França abriu nesta quinta-feira (10) o primeiro centro oficial temporário para imigrantes. Localizado no norte de Paris, o estabelecimento é considerado o maior em toda a União Europeia (UE). Exclusivamente reservado para homens, a estrututura conta com 400 postos e, até o fim do ano, será expandida para 600. O centro fica no Boulevard Ney, não muito distante de Montmartre e de zonas comerciais, e tem 13.500 metros quadrados.
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Este centro para imigrantes, que foi batizado de "Centre Humanitaire Paris Nord", era uma promessa feita há três meses pela prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e servirá apenas para acolhimento temporário. Cada refugiado ou solicitante de asilo poderá permanecer no local de 5 a 10 dias e a expectivativa é que o centro receba 80 pessoas diariamente.
"Não haverá condições ou pré-requisitos. Não se pode fazer distinção das pessoas", disse Hidalgo. "Nosso 'approach' será humanitário para responder ao imenso desafio do fluxo imigratório e para acabar com os acampamentos selvagens no coração de Paris". "Será uma estrutura onde eles podem dormir, tomar banho, comer, receber uma assistência digna até que saibam o que fazer na Europa", explicou a prefeita. Os imigrantes receberão orientação de equipes da Emmaus Solidarité e da Secretaria Francesa para Imigração e Integração (OFII).
Em janeiro, perto de Ivry-Sur-Seine, deve ser inaugurado outro centro de acolhimento com capacidade para 350 pessoas, para receber mulheres e crianças. Mas a ideia das autoridades francesas é que ambas estruturas sejam desmontadas em até dois anos, quando se prevê o fim da crise imigratória na Europa.
Os projetos de construção custaram 8 milhões de euros, sendo que 6,6 milhões foram pagos pela Prefeitura de Paris. O restante, pelo governo da França. As despesas com manutenção e funcionamento estão avaliadas em 13 milhões de euros. Há duas semanas, a França finalizou a evacuação completa do campo de Calais, uma zona que naturalmente virou centro de acampamento de refugiados que tentavam atravessar o Canal da Mancha. (ANSA)
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