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A lista é atualizada quase que diariamente pelo pesquisador Jean Schneider, do Observatório de Paris, na medida em que novas descobertas são anunciadas - algo que se tornou rotina nos 21 anos desde a detecção dos primeiros exoplanetas (como também são chamados), em 1992.
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A marca foi ultrapassada com o anúncio da descoberta de 11 planetas pelo projeto Wasp, na Europa. Outros catálogos, como o Arquivo de Exoplanetas da Nasa, ainda não chegaram a 1 mil, mas estão todos próximos dessa marca (acima de 900).
As variações devem-se a diferentes critérios para inclusão de novos planetas nas listas.
Seja como for, essa amostra de 1 mil e tantos planetas já permite aos pesquisadores fazer uma série de análises e extrapolações sobre a diversidade e abundância de planetas existentes fora do sistema solar. E, consequentemente, fazer inferências sobre a possibilidade de haver vida fora da Terra.
"Hoje temos uma ideia bem melhor de como são os sistemas planetários por aí", diz Eduardo Janot Pacheco, do Instituto de Astronomia (IAG) da Universidade de São Paulo.
As listas incluem planetas de vários tipos, desde gigantes gasosos, maiores do que Júpiter, até pequenas esferas rochosas, do tamanho de Mercúrio. "O grande objetivo é encontrar um gêmeo da Terra", diz Jorge Melendez, também do IAG. Por gêmeo, entenda-se um planeta pequeno, rochoso e com condições para abrigar vida - localizado na chamada "zona habitável" de sua estrela, com capacidade para ter água líquida na superfície.
Isso ainda não foi achado, mas parece uma questão de tempo. Segundo Gustavo Mello, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, estima-se que 10% das estrelas tenham planetas rochosos na zona habitável.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.