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Credores dos Estados Unidos processaram, nesta segunda-feira (14), a mineradora brasileira Samarco, por falsas declarações sobre a tragédia de Mariana, quando uma barragem de mineração se rompeu e, além de destruir a cidade, matou 19 pessoas, em Minas Gerais.
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A barragem cedeu em 5 de novembro de 2015, derramando 32 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, que segundo a ONU continham perigosas substâncias contaminantes.
O tsunami de lama se arrastou por 640 km ao longo do Rio Doce, matando trabalhadores mineiros e habitantes de Bento Rodrigues. Outras milhares de pessoas perderam suas casas e seus trabalhos.
A sucursal do Banco Safra nas Ilhas Cayman, individualmente e em nome de investidores detentores de títulos da Samarco com vencimento em 2022, 2023 e 2024, disse que a Samarco e Ricardo Vescovi, presidente da companhia na época do acidente, fizeram declarações falsas ou enganosas relacionadas aos defeitos sistêmicos e estruturais de longa data na barragem de rejeitos de Fundão.
Representantes da Samarco não foram imediatamente encontrados para comentários sobre a ação apresentada em tribunal de Manhattan. A companhia suspendeu a produção após o desastre. As informações são da Reuters.
O processo busca compensação para danos causados por supostas violações das leis do mercado de capitais dos Estados Unidos e busca a abertura de uma ação coletiva para investidores. Foi dito que Nova York era a jurisdição apropriada porque o banco comprou notas da Samarco de corretores operadores e contrapartes no distrito.
A Samarco, uma joint venture entre Vale e BHP Billiton, tem 2,2 bilhões de dólares em pagamentos de obrigações pendentes. A companhia está em "default" após não efetuar dois pagamentos de juros relacionados às suas obrigações.
O Banco Safra também alega que investidores foram levados a crer que a Samarco havia tomado medidas para evitar um desastre catastrófico em sua barragem de rejeitos de Fundão, mas essas medidas não existiram.
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