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No poder desde 2005, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, concorrerá a um novo mandato em 2017, quando colocará à prova sua política de acolhimento a solicitantes de refúgio.
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O anúncio da candidatura foi feito pelo vice-presidente nacional do partido de Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), Norbert Röttgen. "Ela se candidatará a chanceler", declarou o político, embora a informação não tenha sido confirmada pela chefe de governo.
"Está absolutamente determinada, quer e está pronta para contribuir para o fortalecimento da ordem liberal internacional", acrescentou Röttgen. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, foi mais cauteloso e disse que a chanceler falará sobre a questão "no momento oportuno".
Desde a redemocratização da Alemanha, apenas dois líderes governaram por mais de 12 anos: Konrad Adenauer (1949-1963) e Helmut Kohl (1982-1998), ambos da CDU, que não possui uma alternativa viável a Merkel para enfrentar o Partido Social Democrata (SPD), do vice-chanceler Sigmar Gabriel.
A maior resistência a uma nova candidatura parte da União Social Cristã (CSU), braço da CDU na Baviera, mas a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos reforçou o sentimento de que, na Alemanha, o desejo de continuidade e estabilidade é maior do que o fardo político criado pela abertura aos solicitantes de refúgio.
Uma pesquisa publicada na semana passada indica que 59% dos alemães são favoráveis a uma candidatura de Merkel nas eleições gerais de setembro do ano que vem. Nas votações regionais realizadas em 2016, o partido de Merkel sofreu derrotas históricas e em alguns casos se viu atrás da legenda eurocética e anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AFD). (ANSA)