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Mães e famílias de bebês com a Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZv) e outras deficiências receberão, esta semana, kits multissensoriais para a estimulação dos bebês. A entrega acontece em Campina Grande (PB), nos dias 17 e 18 de novembro, como parte das atividades do projeto “Redes de Inclusão”, uma iniciativa do UNICEF e parceiros.
Durante o evento, as mães participam de uma formação para aprender a utilizar cada objeto em casa, com os filhos. A maioria dos bebês já participa do projeto há alguns meses e é atendida, periodicamente, no Hospital D. Pedro I., o principal da cidade. A proposta é que, com os kits, as famílias consigam complementar o tratamento em casa.
Cada kit é composto por 10 itens, desenvolvidos para contribuir para a estimulação dos bebês em vários aspectos, acompanhados de um folder com instruções para sua utilização:
1. Tapete – estimulação do desenvolvimento motor, visual e tátil;
2. Rolo – auxílio para a posição de sentar e fortalecimento da musculatura das pernas, tronco e braços;
3. Placas com listras e “mamãe sacode”- estimulação do desenvolvimento motor e da visão;
4. Lanternas, bolas e copos coloridos – estimulação do desenvolvimento da visão;
5. Esponja/escova – estimulação do desenvolvimento da percepção de texturas diferentes no rosto;
6. Chocalho – estimulação do desenvolvimento motor, da audição e da visão;
7. Colher – estimulação do desenvolvimento adequado da língua da criança;
8. Pulseira – estimulação do desenvolvimento motor, auditivo e visual;
9. Móbile – estimulação do desenvolvimento motor, auditivo e visual;
10. Sacola para transportar o material.
Além da entrega dos kits, o evento marcará a instalação do Comitê Intersetorial do Redes de Inclusão em Campina Grande e a colocação da pedra fundamental do Centro de Pesquisa e Atendimento às mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com SCZv e outras deficiências.
Sobre o Redes de Inclusão
O Projeto Redes de Inclusão é uma inciativa do UNICEF, em parceria com órgãos e instituições governamentais, nos âmbitos federal, estadual e municipal, agências da ONU e a Johnson & Johnson, visando unir esforços para respostas mais efetivas às mulheres gestantes e às famílias de crianças afetadas pelo Zika vírus.
O projeto está organizado em três eixos estratégicos:
1) Trabalho com as mulheres gestantes, famílias e cuidadores
2) Trabalho com os profissionais de saúde, educação e proteção social
3) Atenção integral e integrada, e atuação em rede.
O objetivo do projeto é elaborar, implementar e avaliar uma metodologia de intervenção para a atenção integral, integrada e humanizada a mulheres gestantes, as famílias e cuidadores de crianças com SCZv e outras deficiências.
Avanço do vírus zika – Até 29 de outubro de 2016, 10.039 casos foram notificados, segundo as definições do Protocolo de vigilância do Ministério da Saúde. Desses, 2.106 casos foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do SNC sugestivos de infecção congênita e 4.842 descartados. Continuam em investigação 3.091 casos.
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