© iStock
Velocidade, força, agilidade, flexibilidade, prática e talento são elementos geralmente associados ao desempenho de atletas de alta performance. O que poucos sabem é que a visão é um dos componentes mais importantes na atuação dos esportistas, incluindo os de final de semana. Ela é responsável por até 85% dos estímulos que resultam nos movimentos do corpo. Em geral, atletas de elite têm a capacidade de ver e processar a informação de forma mais eficaz do que pessoas comuns.
PUB
Algumas habilidades visuais são especialmente importantes para a prática esportiva, como a estereopsia, percepção de profundidade formada pela fusão das imagens dos dois olhos formando uma imagem única e tridimensional; e a visão periférica, que consiste na capacidade de perceber o que está fora do foco principal da visão. É ela que permite aos jogadores de futebol, por exemplo, ver a movimentação do adversário à sua volta sem perder a atenção da bola e da jogada.
De acordo com o Ministério do Esporte, 54% da população brasileira entre 14 e 75 anos pratica algum esporte ou atividade física. As modalidades favoritas são caminhada (45,7%), futebol (42,7%), bicicleta (14,1%), voleibol (8,2%) e corrida (6,5%). Uma visão perfeita pode ser o primeiro passo para melhorar a performance esportiva. “Quando a mensagem que vem dos olhos é imprecisa, incompleta ou não chega corretamente ao cérebro, o desempenho do atleta pode ser prejudicado.”, afirma a oftalmologista Dra. Laura Cardoso, consultora médica da Johnson & Johnson Vision Care, fabricante das lentes de contato ACUVUE.
No Brasil, 33 milhões de pessoas precisam de algum tipo de correção visual, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Desse número, 12 milhões não procuram o tratamento adequado. Para a Dra. Laura, “O exame oftalmológico completo é a melhor maneira de se buscar saúde ocular e boa visão. A correção dos erros refrativos, como a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo é o primeiro passo. O oftalmologista é o único apto a fazer essa avaliação e determinar a melhor correção que fornecerá o desempenho visual ideal para cada indivíduo”.
A melhor opção de correção visual para a prática esportiva
Os óculos geralmente não são recomendados para uso em atividades esportivas: “A principal preocupação é que os óculos podem se quebrar e ferir os olhos do paciente em situações de risco durante muitas dessas atividades”, declara a oftalmologista. “E, mesmo nos casos em que os óculos permitem a proteção adequada, muitas vezes não proporcionam a correção visual ideal para a prática esportiva: eles limitam o campo visual, molham, embaçam e não oferecem proteção completa aos olhos contra os raios UV, necessária para os esportes ao ar livre.”, completa a médica.
As lentes de contato gelationosas são a primeira escolha de correção visual para a grande maioria dos esportes. “Quando comparadas aos óculos, elas ampliam o campo de visão o que já proporciona um melhor desempenho aos atletas.”, afirma a Dra. Laura, que listou os principais benefícios das lentes de contato para a prática esportiva:
• Ampliam o campo visual: importante nos esportes em equipe, o atleta pode acompanhar a bola ou o adversário sem que a armação dos óculos restrinja a visão.
• Não escorregam do nariz com o suor ou com movimentos rápidos.
• Não apresentam reflexos que podem distorcer a visão.
• Podem ser usadas em qualquer esporte que envolva queda e contato, como ginástica e artes marciais.
• Podem ser usadas com máscaras ou qualquer tipo de capacete.
• Podem ser usadas por baixo de óculos protetores, caso o esporte exija.
• Não sobem e descem enquanto o atleta caminha, corre ou faz uma aula de aeróbica.
• Não quebram se algo ou alguém atingir o rosto acidentalmente.
• Não embaçam ou molham pela chuva em corridas ou escaladas: o atleta pode ver mais claramente.
Por fim, são práticas de usar e confortáveis: “As lentes de descarte diário são as mais práticas, seguras e saudáveis para os olhos, pois dispensam os cuidados diários de limpeza e manutenção das lentes, a necessidade de estojo e de solução desinfetante, diminuindo a incidência de complicações associadas ao mau uso e privilegiando a saúde ocular.”, garante a Dra. Laura.
Leia também: Estudo aponta que apenas 39% do expediente é produtivo