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Ao falar com a jornalista Cristiana Lôbo, da Globonews, o ministro Geddel Vieira Lima, braço direito do presidente Michel Temer, admtiu ter pressionado Marcelo Calero, agora ex-ministro da Cultura, a liberar um espigão em Salvador, que, segundo arquitetos e urbanistas, agride o patrimônio histórico da capital baiana.
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Segundo Geddel, "em tempos de crise, é preciso estimular investimentos para animar a economia." O problema é que Geddel tem uma unidade no imóvel e advogar em causa própria representa o crime de advocacia administrativa, o 321 do Código Penal, com pena de três meses a um ano de prisão, além de multa.
Governo Temer terá de responder à grave acusação feita pelo ex-ministro Calero: de que Geddel pressionou para Iphan liberar obra em Salvador
— Cristiana Lôbo (@cristilobo) November 19, 2016
"Foi logo que tomei posse, não demorou mais do que um mês. Depois desse recurso não tomei mais conhecimento. Até que, no dia 28 de outubro, uma sexta-feira, por volta de 20h30, recebo uma ligação do ministro Geddel dizendo que o Iphan estava demorando muito a homologar a decisão do Iphan da Bahia. Ele pede minha interferência para que isso acontecesse, não só por conta da segurança jurídica, mas também porque ele tem um apartamento naquele empreendimento. Ele disse: 'E aí, como é que eu fico nessa história?'", contou Calero, em entrevista publicada neste sábado.
Cristiana não se convenceu dos argumentos de Geddel e postou, no Twitter, que é preciso agir "dentro das normas". Ou seja: o governo Temer pode perder mais um ministro neste sábado (19).
Geddel disse ao blog do @gcamarotti: "em tempos de crise não dá para o Iphan ficar barrando obras que estimulam a economia".
— Cristiana Lôbo (@cristilobo) November 19, 2016Leia também: Marcelo Calero denuncia "maracutaia" de Geddel