© Reprodução
O pagamento do 13º salário deve injetar na economia R$ 197 bilhões neste ano, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Os trabalhadores devem receber até o dia 30 a primeira parcela da renda extra —a outra parte é paga até 20 de dezembro.
PUB
Para quem não tem dívidas e já separou recursos para gastos de início de ano, uma opção é usar o dinheiro extra para investir.
A prioridade deve ser a formação de uma reserva para emergências, segundo os especialistas.
"Esse colchão de segurança precisa ter agilidade de resgate, ou seja, não ter pequenas tarefas que dificultem o saque", afirma Jaques Cohen, planejador financeiro.
A orientação é aplicar esse recurso em investimentos pós-fixados, de baixo risco, por exemplo, CDBs ou fundos DI com taxa de administração baixa. "É possível ter mais de uma aplicação, desde que sejam produtos de baixa volatilidade", diz Mário Amigo, professor de finanças da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e da FIA (Fundação Instituto de Administração).
DIVERSIFIQUE
Quem já possui uma reserva contra imprevistos pode aproveitar o dinheiro do 13º para montar uma carteira de investimentos diversificada. A escolha das aplicações depende do momento de vida, do prazo, dos objetivos e da tolerância a risco. Se a meta for de médio e longo prazo, como engordar a poupança para a aposentadoria, a recomendação é investir em títulos atrelados ao IPCA –esses papéis rendem a inflação mais uma taxa de juros, protegendo o patrimônio ao longo do tempo.
"Mesmo com a perspectiva de queda da taxa básica de juros, ainda é possível conseguir rendimento real de 6% ao ano", afirma Richard Rytenband, economista e especialista em investimentos.
Para o economista, os papéis prefixados também são boas opções no cenário atual. Em ambos os casos, a orientação é manter o investimento até a data de vencimento. Se o dinheiro for resgatado antes do prazo, há riscos de perda.
Para pessoas dispostas a arriscar mais, fundos multimercados e ações podem compor uma pequena fatia da cesta de aplicações. No caso dos multimercados, a liberdade de combinar renda fixa e renda variável costuma ser uma boa estratégia em momentos de oscilações de preços.
Já o investimento na Bolsa deve ser estudado com cautela. Os fundos que seguem índices (conhecidos como ETFs) são recomendados como uma porta de entrada no mercado de renda variável.
"É uma forma mais diversificada de investir em ações", diz Marcos Silvestre, economista e educador financeiro.
Os especialistas também recomendam aporte extra em planos de previdência privada. A aplicação é vantajosa se o plano for corporativo —ou seja, a empresa contribuir com o mesmo valor.
"Para quem já tem um bom planejamento financeiro, vale investir em cursos ou mesmo fazer uma viagem com a família", afirma Mário Amigo. Com informações da Folhapress.