Presidente do BC diz que eleição de Trump trouxe incerteza

Ilan Goldfajn diz que o Banco Central tem atuado para não permitir que os efeitos dos “choques externos” se transformem em ameaça para a estabilidade

© Reuters

Economia Economia Brasileira 21/11/16 POR Notícias ao Minuto

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou hoje (21) que o resultado das eleições nos Estados Unidos trouxe mais um elemento de incerteza para os mercados, mas reiterou que a instituição tem monitorado de perto o desenvolvimento dos mercados internacionais e atuado para não permitir que os efeitos dos “choques externos” se transformem em ameaça para a estabilidade macroeconômica.

PUB

Os americanos foram às urnas para escolher o novo presidente dos Estados Unidos no dia 8 de novembro. O magnata republicano Donald Trump derrotou a democrata Hillary Clinton.

“Ainda é muito cedo para termos uma ideia mais clara sobre os rumos que a política econômica americana tomará sob a nova administração. O novo cenário tem pressionado as taxas de juros internacionais, tornando o financiamento mais caro para os países emergentes, e fortalecido o dólar. O risco desse cenário é a reversão dos fluxos de capital para fora das economias emergentes”, disse Ilan Goldfajn, em sua apresentação, em vídeo, no seminário Reavaliação do Risco Brasil da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

O presidente do BC reafirmou que a instituição está bem preparada para enfrentar os cenários adversos. “Temos instrumentos à nossa disposição, estamos rumando na direção correta para fortalecer nossos fundamentos e possuímos um arcabouço de política econômica consistente”, acrescentou.

Ambiente desafiador

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, também avaliou que ainda é cedo para determinar o efeito da mudança de direção da política econômica nos Estados Unidos, mas disse que é razoável esperar que a troca na Presidência norte-americana traga um “ambiente mais desafiador” para as economias emergentes na forma de taxas de juros mais altas e câmbios mais desvalorizados.

“Os mercados reagiram com movimentos bastante abruptos. Em um regime de câmbio flutuante, o nosso papel é atuar sempre que detectarmos indícios de mau funcionamento do mercado. Foi o que fizemos nesses primeiros dias após as eleições nos Estados Unidos. A atuação parece ter normalizado o funcionamento do mercado de câmbio”, afirmou o diretor do BC.

Logo após a vitória de Trump, o dólar subiu no mercado brasileiro nos dias subsequentes. Um dos motivos é a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, aumente os juros da maior economia do planeta mais que o previsto por causa da política de alta dos gastos públicos de Trump. Taxas mais altas nos Estados Unidos atraem capitais para títulos do Tesouro norte-americano, o que resulta em alta do dólar em todo o planeta e afeta países emergentes como o Brasil. Com informações da Agência Brasil.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Emergência Médica Há 7 Horas

Atriz Lisandra Silva é hospitalizada após uso de Ozempic

mundo Eleições Há 6 Horas

EUA: Centro de referência em projeções vê vitória de Kamala

fama Luto Há 8 Horas

Fãs e familiares se despedem de Agnaldo Rayol em velório na Alesp

fama Política Há 12 Horas

Jojo Todynho se revolta com boicote por ser de direita: 'Sou o que quiser'

mundo Estados Unidos Há 14 Horas

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

politica Justiça Há 13 Horas

Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena por atos de 8 de janeiro

fama Estados Unidos Há 14 Horas

Rihanna encoraja americanos a irem às urnas: 'Votem, porque eu não posso'

fama Luto Há 23 Horas

Agnaldo Rayol construiu legado entre a música, a televisão e o cinema

esporte Futebol Há 12 Horas

Flamengo: Bruno Henrique é investigado por suposto esquema de apostas

tech Rede social Há 14 Horas

O X lança uma das suas alterações mais controversas