Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional do Brasil
O acervo da Biblioteca Nacional do Brasil foi iniciado para substituir a Livraria Real, consumida pelo incêndio que ocorreu após o terremoto de 1755 em Lisboa, Portugal. As primeiras 60 mil peças, incluindo livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, chegaram ao Rio de Janeiro junto com D. João VI, em 1808. Quando a Família Real voltou ao país de origem, levou de volta os manuscritos da Coroa. Mas com aquisição de coleções particulares, compras em leilões e doações, inclusive por D. Pedro II, atualmente o acervo chega a 416,5 mil peças e está exposto em um elegante edifício com estilo eclético, no qual se mesclam elementos neoclássicos e de art nouveau com estruturas de aço, tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1973.
Grandes painéis e estátuas, de autoria de renomados artistas de suas épocas, decoram o salão principal de leitura e a Galeria da Presidência. Entre as preciosidades da biblioteca, estão um pergaminho do século 11 com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos; Bíblia de Mogúncia de 1462; Crônica de Nuremberg de 1493; Bíblia Poliglota de Antuérpia de 1569; primeira edição de Os Lusíadas de 1572; primeiro jornal impresso do mundo de 1601. Preciosidades, de fato.
Coimbra: Biblioteca Joanina
Construída entre os anos de 1717 e 1728, é um dos expoentes do Barroco Português e uma das mais ricas bibliotecas europeias. Ficará conhecida como Biblioteca Joanina em honra e memória do Rei D. João V (1707-1750), que patrocinou a sua construção e cujo retrato, da autoria de Domenico Duprà (1725), domina categoricamente o espaço.
É composta por três pisos: o Piso Nobre, espaço ricamente decorado, a face mais emblemática da Casa da Livraria; o Piso Intermédio, local de trabalho e funcionou como casa da Guarda; a Prisão Académica, que de 1773 até 1834 foi o local de clausura dos estudantes.
O Piso Nobre, terminado em 1728, começou a receber os primeiros livros depois de 1750, e atualmente o seu acervo é composto por cerca de 40.000 volumes. Toda a sua construção visa a conservação do acervo bibliográfico, desde a largura das paredes exteriores ás madeiras no interior. Ainda no auxílio à preservação dos livros, existem duas pequenas colônias de morcegos que protegem as coleções de insetos bibliófagos. Foi utilizado como local de estudo desde 1777 até meados do séc. XX, com a entrada em funcionamento da atual Biblioteca Geral.
© Reprodução / Arquivo Biblioteca Nacional