6 bibliotecas majestosas ao redor do mundo

Seja pelo acervo, singularidade ou história, as bibliotecas servem para muito mais do que leitura, podem também ser locais de contemplação, reflexão e descobertas

Coimbra: Biblioteca Joanina

Construída entre os anos de 1717 e 1728, é um dos expoentes do Barroco Português e uma das mais ricas bibliotecas europeias. Ficará conhecida como Biblioteca Joanina em honra e memória do Rei D. João V (1707-1750), que patrocinou a sua construção e cujo retrato, da autoria de Domenico Duprà (1725), domina categoricamente o espaço.

É composta por três pisos: o Piso Nobre, espaço ricamente decorado, a face mais emblemática da Casa da Livraria; o Piso Intermédio, local de trabalho e funcionou como casa da Guarda; a Prisão Académica, que de 1773 até 1834 foi o local de clausura dos estudantes.

O Piso Nobre, terminado em 1728, começou a receber os primeiros livros depois de 1750, e atualmente o seu acervo é composto por cerca de 40.000 volumes. Toda a sua construção visa a conservação do acervo bibliográfico, desde a largura das paredes exteriores ás madeiras no interior. Ainda no auxílio à preservação dos livros, existem duas pequenas colônias de morcegos que protegem as coleções de insetos bibliófagos. Foi utilizado como local de estudo desde 1777 até meados do séc. XX, com a entrada em funcionamento da atual Biblioteca Geral.

© Reprodução 

Berlim: Berlin State Library

A Berlin State Library possui mais de 11 milhões de livros, dos quais 200 mil são raros e quase 4,5 mil são raríssimos, além de 13,5 milhões de imagens, 1 milhão de mapas, 60 mil manuscritos ocidentais e orientais, 1,4 mil arquivos de Estado... enfim, é tão grande, abrigando obras de interesse acadêmico de todos os períodos, línguas e países, que dois prédios precisam abrigar o acervo principal, além de contar com mais dois prédios de apoio.

A grandeza não é medida apenas em números, mas em exemplos, como uma Bíblia de Gutenberg (adornada e inteira!), as mais antigas ilustrações bíblicas, coleções sem paralelos de manuscritos de Bach e Mozart, a partitura original da 9ª Sinfonia de Beethoven e, no quesito maiores do mundo: atlas, bíblia hebraica e pergaminho do Torá. Considerando o impacto das duas guerras mundiais, poucas bibliotecas sobreviveram a tantos danos, negligência, divisão, unificação e recriação como esta, incluindo queima de livros por nazistas, bombardeios e uma operação secreta com várias fatalidades entre os bibliotecários, que esconderam o acervo em dezenas de monastérios, castelos e minas abandonadas para protegê-lo – ainda assim, 700 mil volumes foram destruídos ou ‘’sumiram”.

Atualmente, o prédio bombardeado em Haus Unter den Linden, em um verdadeiramente palacial estilo neobarroco, conta com um gigantesco cubo de vidro marcando o local da explosão sob a sala de leitura principal. Considerando os esforços realizados para salvar as obras, os visitantes podem e devem se sentir privilegiados em ter acesso a uma biblioteca tão única.

© Reprodução / Hans Scharoun

Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional do Brasil

O acervo da Biblioteca Nacional do Brasil foi iniciado para substituir a Livraria Real, consumida pelo incêndio que ocorreu após o terremoto de 1755 em Lisboa, Portugal. As primeiras 60 mil peças, incluindo livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, chegaram ao Rio de Janeiro junto com D. João VI, em 1808. Quando a Família Real voltou ao país de origem, levou de volta os manuscritos da Coroa. Mas com aquisição de coleções particulares, compras em leilões e doações, inclusive por D. Pedro II, atualmente o acervo chega a 416,5 mil peças e está exposto em um elegante edifício com estilo eclético, no qual se mesclam elementos neoclássicos e de art nouveau com estruturas de aço, tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1973.

Grandes painéis e estátuas, de autoria de renomados artistas de suas épocas, decoram o salão principal de leitura e a Galeria da Presidência. Entre as preciosidades da biblioteca, estão um pergaminho do século 11 com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos; Bíblia de Mogúncia de 1462; Crônica de Nuremberg de 1493; Bíblia Poliglota de Antuérpia de 1569; primeira edição de Os Lusíadas de 1572; primeiro jornal impresso do mundo de 1601. Preciosidades, de fato.

Coimbra: Biblioteca Joanina

Construída entre os anos de 1717 e 1728, é um dos expoentes do Barroco Português e uma das mais ricas bibliotecas europeias. Ficará conhecida como Biblioteca Joanina em honra e memória do Rei D. João V (1707-1750), que patrocinou a sua construção e cujo retrato, da autoria de Domenico Duprà (1725), domina categoricamente o espaço.

É composta por três pisos: o Piso Nobre, espaço ricamente decorado, a face mais emblemática da Casa da Livraria; o Piso Intermédio, local de trabalho e funcionou como casa da Guarda; a Prisão Académica, que de 1773 até 1834 foi o local de clausura dos estudantes.

O Piso Nobre, terminado em 1728, começou a receber os primeiros livros depois de 1750, e atualmente o seu acervo é composto por cerca de 40.000 volumes. Toda a sua construção visa a conservação do acervo bibliográfico, desde a largura das paredes exteriores ás madeiras no interior. Ainda no auxílio à preservação dos livros, existem duas pequenas colônias de morcegos que protegem as coleções de insetos bibliófagos. Foi utilizado como local de estudo desde 1777 até meados do séc. XX, com a entrada em funcionamento da atual Biblioteca Geral.

© Reprodução / Arquivo Biblioteca Nacional

Praga: National Library of the Czech Republic

A National Library of the Czech Republic é de uma beleza barroca espantosa, já tendo sido considerada uma das mais majestosas do mundo. Com a sede principal alocada no complexo de prédios Klementinum, ocupa pouco mais de 2 hectares do centro histórico de Praga. Metade do acervo de 6,5 milhões de livros fica no edifício, ricamente decorado do piso ao teto de 1578 a 1726 e que tem afrescos pintados por Jan Hiebel, prateleiras ornamentais e antigos globos valiosíssimos.

Acessível por um anexo classicista concebido por Matthias Hummel está a Mirror Chapel, uma capela atualmente utilizada apenas para fins seculares que conta com um número substancial de espelhos, além de pinturas, mármores, decoração em gesso com detalhes banhados a ouro e mais afrescos de Hiebel. Concertos e exposições ocorrem no local. A coleção de manuscritos da biblioteca inclui itens doados pelo Imperador do Sacro Império Romano Charles IV em 1366, assim como papiros gregos; o Código de Vyšehrad, evangelho latino de 1085; o manuscrito Passional of the Abbess Kunhuta de 1312; a Bíblia de Velislav de 1325. O Mozart Memorial oferece várias obras para consultas relacionadas ao músico. Visitar este lugar é como caminhar pelas bibliotecas particulares de reis e rainhas de outrora.

© Reprodução / Flickr BrunoDelzant

Nova York: New York Public Library

A New York Public Library conta com uma rede de prédios espalhados pela cidade, sendo o mais famoso deles o localizado na Quinta Avenida, no palácio Stephen A. Schwarzman. Facilmente confundida com um museu, com seus leões de bronze batizados de Paciência e Fortaleza guardando a entrada principal, a biblioteca tem sólida fachada de mármore de 90 cm de espessura e disponibiliza quatro andares e mais de 60 mil metros quadrados à visitação.

O mais famoso salão de leitura é o Rose, com 24 metros de largura e 91 metros de comprimento com teto generosamente decorado com pinturas e entalhes de madeira escura suspensos a 16 metros de altura. As imensas janelas deixam a luz do sol entrar e a iluminação apropriada para leitura é provida por mais de 20 monumentais lustres antigos e sofisticados. A entrada para a sala de catálogo é outra obra de arte, com painéis de madeira em toda a parede e postes de iluminação estilizados de cada lado da imensa porta com uma pintura barroca no topo.

Lembram dos jovens presos em uma biblioteca tentando sobreviver às ondas gigantes e frio intenso que atingem a cidade no filme O Dia Depois de Amanhã? Pois é, era essa a biblioteca, e sim, a Bíblia de Gutenberg continua intacta e em segurança. O prédio foi transformado em Marco Histórico Nacional em 1966 e seus mais de 12 quilômetros de prateleira também guardam 15 milhões de itens, incluindo manuscritos medievais, papiros japoneses, a cópia mais antiga de Nican Mopohua de 1531 e duas cópias da primeira edição de Comedies, Histories and Tragedies de Shakespeare, datadas de 1623.

© Reprodução / David Iliff

Buenos Aires: Biblioteca Nacional Mariano Moreno

A Biblioteca Nacional Mariano Moreno é a maior da Argentina e está diretamente ligada à história daquele país, com um acervo que reflete cada grande mudança política e social. Localizado no sofisticado bairro de Recoleta, o prédio segue a linha arquitetônica brutalista, com concreto reforçado exposto e formato que lembra uma escultura – foi erguido no terreno do antigo palácio presidencial onde moraram Juan e Evita Perón, e onde esta veio a falecer e virar uma lenda.

O parque no nível térreo foi preservado e os andares são suspensos por quatro pilares, assim a sala de leitura principal com imensas janelas de vidro e pé direito duplo serve como mirante com vista para o porto e para o Rio da Prata de um lado e, do outro, para a cidade. Em um conflito entre estilo e funcionalidade, certas áreas internas são diretamente atingidas pela luz do sol em algumas horas do dia e também é possível ouvir um leve som abafado do tráfego da cidade, o que alguns consideram um charme, outros, uma irritação.

A biblioteca conta com 21 livros raríssimos, ou parte deles, como uma folha da Bíblia de Gutenberg de 1450 e duas obras inteiras de autoria de São Tomás de Aquino, datadas de 1476, Quaestiones de potentia Dei e Quaestiones de duodecim quodibet. As demais salas são de hemeroteca, fotografia, áudios, mapas, partituras, leitura em braile, arquivo histórico nacional, entre outras. Exposições diversas ocorrem durante todo o ano, consulte a administração quando planejar visitar a cidade.

© Reprodução / Taringa.net

Lifestyle Turismo 23/11/16 POR Notícias Ao Minuto


 

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Você tem certo fascínio por aquelas bibliotecas grandiosas que parecem coisa de filme? Gosta de obras raras, arquitetura, detalhes? Então, nas suas próximas viagens pelas cidades de Buenos Aires, Berlim, Praga, Nova York e Rio de Janeiro, não deixe de visitar alguns destes templos do conhecimento e imergir em histórias e visões únicas.

A Royal Holiday, clube de férias localizado no México que coloca o mundo ao alcance dos brasileiros, preparou uma lista de bibliotecas nestas cidades que não podem ficar de fora do seu roteiro, dando ainda dicas de hotéis da rede para hospedagem com todo conforto e segurança. Os locais citados podem ter algumas coisas em comum, como a Bíblia de Gutenberg, símbolo da revolução da impressão de textos que ocorreu há mais de 500 anos devido à prensa móvel do inventor, mas eles também têm suas próprias joias escondidas. Descubra-as!

Leia também: Descubra vários destinos para viajar usando o 13º

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