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O conselheiro José Saraiva se reuniu com o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Mauro Menezes, nesta quarta-feira (23), e pediu para não participar da apreciação do caso envolvendo o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, acusado de pressionar o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, a liberar uma obra embargada pelo Iphan, na cidade de Salvador.
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Calero pediu demissão do Ministério da Cultura, na última sexta-feira (18), e foi substituído pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP).
Durante o encontro de hoje, Saraiva pediu para não participar da apreciação do caso, alegando "suspeição por fatos supervenientes".
Segundo a TV Globo, o conselheiro disse ao presidente da Comissão de Ética que não se considera suspeito para julgar o caso, mas que considerou melhor se afastar porque a isenção dele está sendo questionada em diversas reportagens veiculadas na imprensa.
"Diante do questionamento da minha isenção, prefiro me afastar. No dia que julgarem o caso, nao estarei presente na reunião na hora da pauta. A decisão não foi difícil porque não tenho interesse nenhum neste assunto. Não tenho relação pessoal com Geddel. Meu relacionamento é profissional e social de muitos anos com ele, assim como com muitos políticos da Bahia", explicou o conselheiro.
Antes, Saraiva já havia pedido vista no processo que investigará o ministro Geddel Vieira Lima, mas voltou atrás, na última segunda-feira (21), quando foi aberto o processo para investigar o ministro.
A Comissão de Ética Pública da Presidência é um órgão vinculado à Presidência, que fiscaliza eventuais conflitos de interesse envolvendo integrantes do governo.
O colegiado não tem poder para punir nenhum servidor público, entretanto, como é um órgão consultivo do presidente da República, pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a integrantes do governo, entre as quais demissões.
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