Economia verde: isenção deve ser feita com cautela, dizem especialistas

Assunto foi debatido no Fórum Desenvolvimento e Economia de Baixo Carbono

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Economia SEMINÁRIO 24/11/16 POR Folhapress

O financiamento para uma economia verde depende de risco e retorno adequados dos investimentos. Para oferecer um ambiente mais seguro para o investidor, no entanto, é necessário diversificar os negócios e investigar as melhores formas de incentivo.

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Esse foi o diagnóstico de especialistas que participaram do último debate do Fórum Desenvolvimento e Economia de Baixo Carbono, promovido pela Folha de S.Paulo em parceria com o Instituto Escolhas e o Insper. O evento foi realizado nessa quarta-feira (23) no auditório do Insper, em São Paulo.

"Na área ambiental existem riscos e incertezas que impedem muitos negócios viáveis", disse Sérgio Leitão, diretor de relacionamento com a sociedade do Instituto Escolhas.

"Precisamos descobrir como transformar os ativos ambientais em um mercado que ofereça segurança para o investidor", afirmou ele.

Para Hector Gomez, gerente no Brasil do IFC (International Finance Corporation), operações diversificadas, que diminuem o risco do investimento, podem tornar a economia de baixo carbono mais atrativa.

Quanto a incentivos fiscais, Gomez diz que eles podem ajudar ou atrapalhar o desenvolvimento desse mercado, devendo ser feito com cautela.

"Não adianta pedir mais incentivos fiscais para um sistema que já está exaurido e tem outros problemas para lidar", ressaltou Leitão.

De acordo com Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal, é essencial ter os objetivos muito claros antes de montar uma estratégia fiscal.

"Reduzir impostos pode ser um bom meio para estimular boas práticas de desenvolvimento sustentável e atrair investimentos, mas nem sempre é o melhor. É preciso estudar para só então definir o melhor caminho", afirmou ele.

Segundo Appy, estudos mostraram que a tributação sobre o carbono é possível, desde que haja meios para contornar os efeitos negativos, como, por exemplo, a diminuição de outros impostos para diminuir a carga tributária total.

"Às vezes as estratégias vêm como pacotes prontos e não se discute quais são os melhores meios que geram menos prejuízos para a realização dessa transição", completou.

Gomez, do IFC, resumiu a relação entre a economia limpa e o mundo dos negócios como um encontro de duas áreas que compartilham objetivos próximos: "A agenda da economia de baixo carbono também é uma agenda de eficiência e produtividade, de fazer mais com menos", encerrou. Com informações da Folhapress.

Leia também: Brexit 'fortalece' relações entre Mercosul e UE, diz José Serra

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