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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, até agora invulnerável às denúncias de corrupção, tem problemas pela frente. A reportagem do Valor mostrou que a delação de três executivos da empreitera Odebrecht citou Alckmin como beneficiário de caixa dois, pelo contrato da Linha 4 do Metrô.
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Os delatores relataram aos investigadores da Operação Lava Jato nomes de supostos arrecadadores de caixa dois que teriam captado recursos e os destinado, ao menos em parte, ao abastecimento de campanhas eleitorais do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Cada arrecadador contaria com um esquema próprio de atuação, entre os anos de 2002 e 2010.
Ao explicar o significado dos apelidos e valores vinculados a contratos de obras públicas que constam da contabilidade do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht — espécie de divisão da propina revelada pela secretária da empresa Maria Lúcia Tavares —, os delatores do grupo empresarial confirmaram aos procuradores que o codinome “santo” se trata do apelido usado para se referir a Geraldo Alckmin.
Ouvida pelo jornal, a assessoria do governador deu a resposta-padrão. "Todas as doações foram contabilizadas", teriam respondido.
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