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A possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição, antes de 65 anos, pode retirar precocemente parte da força de trabalho produtiva do país. Em 2014, o país perdeu cerca de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) devido aos 900 mil trabalhadores que se aposentaram aos 58 anos, em média.
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O levantamento dos economistas Bruno Ottoni e Fernando de Holanda Barbosa Filho, do IBRE/FGV, foi divulgado nesta segunda-feira (28) no jornal O Globo. A estimativa se refere à renda que os trabalhadores deixaram de produzir ao sair do trabalho. Eles consideraram como "precoce" todas as aposentadorias que ocorrem antes dos 65 anos.
"Entre esses 900 mil que se aposentaram antes de 65 anos em 2014, tem o trabalhador que saiu do mercado, que é o pior caso, pois deixou totalmente de produzir renda, e tem aquele que até continua trabalhando, mas com um salário menor, só para não ficar em casa, pois já tem renda garantida", explica Ottoni.
Levantamento do Ministério do Trabalho mostra que a média de idade da aposentadoria no país é uma das menores do mundo. É de 59,2 anos para os homens brasileiros. Entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média é de 64,2 anos. Os países com maior média de idade de aposentadoria para homens são México, com 72,3 anos, Coreia do Sul (71,1 anos) e Chile (69,4 anos).
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