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Os advogados de defesa de Elize Matsunaga estudam pedir a anulação do julgamento, que ocorre desde a última segunda (28), pelo desrespeito a regras da condução do júri: foi violada a incomunicabilidade de testemunhas.
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Esse pedido pode ser feito ainda nesta sexta (2) ou, após declarado o resultado do júri. Uma das dessas violações foi identificada na manhã desta quinta-feira (1°) durante o depoimento do médico legista Carlos Alberto de Souza Coelho, que falava sobre a análise do corpo da vítima, o empresário Marcos Matsunaga, que foi assassinato em maio de 2012.
Quase no final das perguntas da acusação, Coelho disse ter falado "agora" com o também perito Jorge Pereira de Oliveira do porque de ter feito o laudo com anexos, e não um único laudo. Nesse momento, a advogada Roselle Soglio pediu, "pela ordem", que a frase "agora" fosse explicada. Coelho, então, disse que na terça ou quarta, se reuniu com Oliveira para falar dessa questão.
Como o artigo 460 do Código de Processo Penal prevê que as testemunhas não podem falar sobre o processo enquanto estiverem reunidas aguardando para depor, a defesa pediu a dissolução imediata do júri.O juiz Adilson Paukoski Simoni registrou a reclamação em ata, mas manteve a continuação do julgamento. Disse que o teor da conversa não foi prejudicial ao processo e que o laudo discutido é de conhecimento público. "Não pode haver conversa sobre o teor do processo", disse a advogada, que considerou algo "grave".
A Folha também apurou que, também a pedido da defesa, foi constado em ata que o promotor José Carlos Cosenzo se reuniu com uma das testemunhas de acusação -o delegado Mauro Gomes Dias- já com o júri em andamento. O promotor teria alegado ao magistrado que esteve com a testemunha para saber se ela precisava de remédios, já que faz uso controlado de medicamentos. Com informações da Folhapress.
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