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A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 4,76 bilhões em novembro, resultado recorde para o mês, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A série histórica tem início em 1989.
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Com o resultado de novembro, o superavit acumulado nos 11 primeiros meses do ano é de US$ 43,28 bilhões - também o maior nível desde o início da série histórica. O fraco desempenho da economia brasileira tem levado a importação a cair mais que a exportação neste ano, o que tem levado a balança comercial a registrar saldos positivos recordes.
"Um elemento determinante é a demanda, tanto mundial quanto a brasileira, que influencia nossos desempenhos. Em ambos os casos, nós temos demandas desaquecidas. [...] A economia brasileira caminha para retomada do crescimento, mas neste ano tem desempenho ainda pouco satisfatório", destacou o secretário de comércio exterior, Abrão Neto.
Em novembro, de acordo com o governo, o resultado foi impacto pelo aumento da cotação de produtos como minério de ferro e petróleo em bruto, além da exportação de duas plataformas para extração de petróleo, que somaram US$ 1,9 bilhão. O governo espera que a balança comercial encerre 2016 com um superavit de US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões. Até aqui, o maior superavit da série histórica do governo é o de 2006, com saldo de US$ 46,5 bilhões.
"Tem a possibilidade de ser o maior superavit da história. Essa previsão se reforça não só pelo resultado de novembro, mas porque dezembro costuma ter, tradicionalmente, resultado superavitário", destacou Neto.
Na comparação com novembro de 2015, houve um aumento de 17,5% nas exportações do mês passado. De janeiro a novembro, no entanto, as vendas externas acumulam uma queda de 3,3% ante igual período do ano anterior.
Nas importações, houve queda de 9,1% ante novembro de 2015 e uma redução de 22% na comparação com o acumulado dos onze primeiros meses de 2015.
PRODUTOS
A exportação de produtos básicos caiu 5,5% na comparação com novembro de 2015 e as vendas de bens industrializados subiu 36,3% no mesmo período. Na importação, só houve aumento nos bens intermediários, de 1,2% ante novembro do ano passado. No mesmo período, a importação de bens de capital caiu 22,4% e de bens de consumo, de 0,8%. A queda na compra de combustíveis e lubrificantes foi de 46,9% na mesma base de comparação.
PETRÓLEO
Existe uma "boa chance", segundo o secretário de Comércio Exterior, de a conta petróleo -que leva em conta o comércio de petróleo e derivados- encerrar o ano, pela primeira vez na história, com resultado positivo. A conta petróleo acumula um superavit de US$ 416 milhões nos onze primeiros meses. É a segunda vez no ano, segundo, ele que o resultado acumulado é positivo. O resultado contrasta com o deficit de US$ 5,5 bilhões no mesmo período do ano passado.
"Tem boa chance de ser superavit ou ficar muito próximo da estabilidade", afirmou Abrão Neto. O resultado da conta petróleo no mês, de US$ 531 milhões, é o quarto superavit consecutivo. Novembro foi o sexto mês, segundo o governo, em que houve saldo positivo da conta petróleo neste ano.
"Tem uma série de elementos que justificam o cenário. Preço é um dos elementos mais importantes: a queda significativa na cotação de petróleo e o fato de que o Brasil é importador líquido faz com que a mudança no preço seja mais determinante do lado das importações", afirmou o secretário.
Além disso, segundo ele, houve aumento no volume das exportações de petróleo e redução no volume das importações -neste caso, relacionada ao desempenho fraco da economia brasileira. Com informações da Folhapress.
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