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Há quem se contente com uma taça de vinho, e existem outros para quem a garrafa inteira parece ser insuficiente. O responsável por essa diferença de percepção é um gene específico, segundo um estudo realizado por cientistas europeus. O consumo de álcool é controlado por um gene que torna o cérebro sensível a um hormônio particular proveniente do fígado durante a digestão em momentos de estresse, como a ingestão de carboidratos ou bebidas alcoólicas.
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A descoberta, que pode ajudar no combate ao alcoolismo e na produção de novos remédios, foi publicada na revista da "Academia Americana de Ciências". O estudo foi guiado pela Universidade de Londres, em colaboração com a Universidade de Trieste e outras instituições italianas.
Para a realização da pesquisa, os cientistas analisaram o DNA e os hábitos de consumo de álcool de mais de 100 mil europeus.
Assim foi descoberto o eixo entre o fígado e o cérebro: uma variação de um gene chamado Klotho, que é responsável por produzir dois hormônios, o FGF19, feito no intestino, e o FGF21, fabricado pelo fígado quando o órgão está sobrecarregado.
Os cienstistas também perceberam que a liberação do hormônio FGF21 em ratos supriu a necessidade de álcool e doces. "Existe uma ligação entre o cérebro e o fígado que demonstramos nos ratos: eliminando o gene para o receptor Klotho no cérebro, o consumo de álcool aumenta. Com isso, isolamos uma via metabólica muito precisa, na qual poderemos agir para diminuir o consumo de álcool", explicou a pesquisadora Daniela Toniolo. (ANSA)
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