© Heuler Andrey/Getty
Além da dor pelos que partiram, outro problema que atinge a diretoria da Chapecoense é como lidar com os três jogadores sobreviventes. O chefe do departamento de desempenho da equipe contou que os dirigentes estão preocupados por temer ainda mais pela saúde de Neto, Follmann e Alan Ruschel, quando o trio souber o que houve.
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"Estamos preocupados com o choque que eles vão ter quando souberem da tragédia. Pelo menos eles estão fora de perigo, em um hospital de primeira linha, mas ninguém controla a emoção. Eles precisam dos familiares lá com eles neste momento. Imagina que acordarão com um monte de gente falando espanhol e sem saber o que está acontecendo, muito menos se morreram um, dois ou dez. Será um momento bastante delicado", ponderou o dirigente.
Vitor Hugo lembrou que o zagueiro Neto chegou a pedir ajuda no momento do acidente, logo, deve ser o mais lúcido no momento. "Ele deve ter alguma noção maior, pois estava consciente e pediu ajuda. Mas será um momento de muito sofrimento, sem dúvida."
O dirigente também se mostra preocupado com aproveitadores. Desde a tragédia ocorrida na última terça-feira, muitas notícias foram divulgadas de que clubes ou jogadores estariam dispostos a ajudar a Chapecoense, mas Vitor Hugo adota uma postura mais cautelosa e, embora agradeça ao apoio mundial que o clube tem recebido, prefere aguardar para saber as reais intenções.
"Estamos nos blindando neste momento para não deixarmos ninguém se aproveitar neste momento. Temos que respeitar, pois estamos falando de pais de família, filhos, mães que passarão a ficar solteiras, com crianças e que precisam ter uma garantia financeira", destacou.
Vale lembrar que o seguro já foi acionado e o processo burocrático para que as famílias recebam indenizações já está sendo agilizado. Os familiares vão receber o equivalente a 12 meses de salário do jogador do qual a pessoa era parente. O teto para o pagamento de salário é de R$ 1,2 milhão.