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Com a proximidade do início do recesso de fim de ano, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), intensificou a campanha nos bastidores para tentar viabilizar sua recondução ao cargo em fevereiro de 2017, quando está marcada a próxima disputa para a Mesa Diretora. O novo foco da articulação envolve encontros com governadores, ministros e bancadas para tentar fechar os apoios.
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Nesta sexta-feira, 2, Maia jantará com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em busca do apoio do PSB e da bancada pernambucana. O partido tem a sétima maior bancada da Casa, com 33 deputados, e está dividido em relação à próxima disputa pela presidência da Câmara. De um lado, o deputado Júlio Delgado (MG) tenta viabilizar sua candidatura. Do outro, está Heráclito Fortes (PI), que apoia Maia, mas não descarta se lançar candidato, caso o parlamentar fluminense não viabilize sua reeleição.
Com seis deputados, a bancada do PSB de Pernambuco é considerada decisiva na escolha do rumo que a sigla tomará na disputa de fevereiro de 2017. A maioria dos pessebistas pernambucanos se mantém neutra, por enquanto, em relação à eleição para presidência da Câmara. O objetivo da bancada, por enquanto, é conseguir a liderança do partido no próximo ano. O principal interessado é o deputado Tadeu Alencar (PE), atual 1.º vice-líder da sigla na Casa.
Maia jantará com Câmara no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Heráclito o acompanhará no encontro. O atual chefe do Executivo estadual é uma das principais figuras do PSB. Ele é do grupo do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014. Além da influência no partido, Câmara tem ascendência sobre outros deputados da bancada pernambucana, que tem 24 deputados.
Ministros
Maia também intensificará os encontros com as bancadas e ministros. O foco serão políticos de partidos do Centrão - grupo de 13 legendas da base aliada liderado por PP, PSD, PTB e PR e que quer lançar um candidato para sucessão do atual presidente da Câmara. O deputado fluminense acredita que pode conseguir apoio principalmente no PP e no PR, sigla que o apoiou na primeira eleição, em julho deste ano, após a renúncia do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Maia já começou conversas com alguns ministros, entre eles, o dos Transportes, Maurício Quintella (PR), e o de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), além do presidente da Caixa Econômica, Gilberto Occhi (PP). Ele também tem articulado apoio por meio de seus interlocutores. O deputado Vicente Cândido (PT-SP), por exemplo, conversou com o ex-parlamentar Valdemar Costa Neto, uma das principais lideranças do PR.
Por enquanto, o presidente da Câmara deve manter a articulação nos bastidores. A estratégia é só anunciar a candidatura quando tiver apoio político consolidado, para evitar a judicialização prévia do tema. Atualmente, há dúvida jurídica se ele pode tentar se reeleger. Seus adversários dizem que a Constituição veda a reeleição. Já Maia argumenta que a proibição só vale para presidentes eleitos para mandato completo de dois anos, o que não é o caso dele, eleito para mandato-tampão de 7 meses, após a renúncia de Cunha. Com informações do Estadão Conteúdo.