© REUTERS / /Marcos Brindicci
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O agronegócio acumula três trimestres seguidos de retração, pela segunda vez em 20 anos. Apesar de ter sido o único setor que cresceu em 2015, o recuo neste ano e a queda das produções de culturas como milho, algodão, laranja e cana-de-açúcar propiciou a redução de vagas de trabalho.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agricultura recuou 6,9% sobre o PIB no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2015.
“Em 2016, a gente teve um grande problema: a perda de produção. Não fosse isso, tenho a impressão de que o segmento ficaria no zero, zero e pouco, ou teria uma queda menor. O ‘complicador’ da temporada, além da crise no país, foi a perda de produtividade, principalmente nas safras de soja e milho", explica Flávio França Junior, consultor de agronegócio.
Conforme informações do G1, esta recessão tem influenciado a queda do número de trabalhadores no segmento. Outro estudo do IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) aponta que 800 mil trabalhadores no setor, no ano passado, perderam seus empregos.
“Isso tem muito a ver com a mecanização do trabalho, com a substituição da mão de obra, com o setor cada vez mais modernizado e precisando de menos gente”, analisa Maria Lúcia Vieira, gerente do PNAD.
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