© Omar Sanadiki/Reuters
As forças leais ao ditador da Síria, Bashar al-Assad, expandiram nas últimas 24 horas seu domínio territorial em Aleppo, bastião de grupos rebeldes, e já dizem controlar 98% da cidade. Foram retomados os bairros de Sheikh Saeed, no sul, e de Saliheen e Karam al-Daadaa, no front leste.
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Alvos de bombardeios intensos, os poucos rebeldes que seguem batalhando em bairros mais próximos ao centro da cidade -onde ainda há dezenas de milhares de civis- devem sofrer uma derrota definitiva em poucos dias.
"A batalha em Aleppo oriental deve terminar em breve. Eles [rebeldes] não têm muito tempo. Ou eles se rendem, ou morrerão", disse nesta segunda-feira (12) o tenente-general Zaid al-Saleh.
A retomada completa da cidade, uma das maiores da Síria, será a maior vitória do regime de Assad até agora na guerra civil que assola o país há quase seis anos.Com o apoio da aviação Rússia e de milícias libanesas e iranianas, as Forças Armadas da Síria iniciaram há algumas semanas uma grande ofensiva para expulsar os rebeldes de Aleppo.
Desde julho, a porção leste da cidade está sitiada e é alvo de bombardeios do regime sírio. Por sua vez, os rebeldes têm realizado ataques contra civis em bairros na porção oeste da cidade.
Alguns dos grupos insurgentes que lutam pela deposição de Assad recebem apoio de governos do Ocidente, da Turquia e de países do Golfo Pérsico.
Principal frente da guerra na Síria atualmente, a batalha por Aleppo provocou o deslocamento de mais de 80 mil pessoas e deixou centenas de civis mortos, agravando a crise humanitária na região.
Iniciada em março de 2011, a guerra civil na Síria já deixou mais de 400 mil mortos e forçou o deslocamento de cerca de 12 milhões de pessoas, o que corresponde a mais da metade da população. Com informações da Folhapress.