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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou no último domingo (11) a retirada de circulação de todas as cédulas de 100 bolívares, atualmente a de maior valor, para enfrentar supostas máfias colombianas que estariam armazenando a nota com o objetivo de desestabilizar a economia do país.
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Durante seu programa na emissora de TV estatal, Maduro explicou que há bancos nacionais envolvidos e que uma ONG contratada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos foi responsável por dirigir o plano.
"Decidi tirar de circulação as cédulas de 100 bolívares nas próximas 72 horas e dar um prazo prudente para que os que possuam cédulas de 100 bolívares o declarem perante os bancos públicos e o Banco Central", disse o presidente.
De acordo com o mandatário, as máfias também estariam acumulando as cédulas venezuelanas em armazéns no Brasil, na Alemanha, na República Tcheca e na Ucrânia. "Calcula-se que mais de 300 bilhões de bolívares estejam em poder das máfias internacionais dirigidas na Colômbia, como parte do golpe econômico", acrescentou.
Segundo Maduro, a investigação está sendo realizada há pelo menos dois anos, e foi constatado que no país vizinho havia uma "extração" de papel-moeda venezuelano através das cidades de Cúcuta e Maicao.
Ele ainda ressaltou que a Lei contra a Criminalidade Organizada prevê penas de 12 a 18 anos de prisão para quem traficar moeda nacional. "Peço a pena máxima a todos os responsáveis que surjam nessa investigação", disse.
A Venezuela enfrenta uma grave crise econômica e, como parte de um plano de adaptação à forte inflação, seu Banco Central anunciou a introdução de seis novas cédulas: de 20 mil, 10 mil, 5 mil, 2 mil, 1 mil e 500, além das moedas de 100, 50 e 10 bolívares. (ANSA)
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