© Reuters
A previsão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é que o setor industrial volte a crescer a partir do segundo semestre e suba 0,5% em 2017. O presidente da Confederação, Robson Andrade, afirmou que o ano que vem será “duríssimo” para o setor.
PUB
Segundo as projeções da CNI, além do crescimento de 0,5%, a confederação prevê um crescimento de 1,3% no PIB industrial no próximo ano. A projeção de alta é no investimento, de 2,3% e no consumo das famílias, 0,2%. A taxa de desemprego para 2017 está projetada em 12,4%.
Robson Andrade afirmou que o ajuste fiscal não está colaborando para crescimento da indústria, nem para a geração de empregos. “A única forma de fazer reequilíbrio fiscal é pelo gasto, não há espaço para mais carga tributária”, disse ao Estadão.
Ainda segundo o jornal, o presidente da CNI lembrou que as dívidas empresariais estão muito altas e disse que não há mecanismos para viabilizar a renegociação. “Se não houver equacionamento desses débitos, as empresas não conseguem licenças, financiamentos, nem pagar funcionários”, observou. Em seguida, defendeu a criação de um programa de reestruturação de débitos tributários das empresas com a União e Estados.
As projeção para o PIB industrial de 2016 pioraram, e as previsões passaram de -3,7% para - 3,9%. O saldo comercial estimado para o ano diminuiu de US$ 50 bilhões para US$ 49 bilhões.
Leia também: Metalúrgicos da Volks abrem mão de aumento real de salário até 2022