© Adriano Machado / Reuters
No mesmo mês em que escapou de perder o cargo por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez uma piada em referência ao motivo pelo qual virou réu em ação penal.
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Renan conduzia a votação de um pacote que trata do teto constitucional, visto como mais uma ofensiva do peemedebista contra o Poder Judiciário, quando chamou publicamente a atenção do presidente da Ajufe (Associação de Juízes Federais do Brasil), Roberto Veloso, que conversava com senadores no fundo do plenário.
Ao final da sessão, se desculpou e brincou: "Nunca me dei bem com esse nome". O presidente da Ajufe tem o mesmo sobrenome da jornalista Mônica Veloso, com quem Renan teve uma filha fora do casamento. No começo do mês, o peemedebista se tornou réu por peculato, acusado de desviar dinheiro público para pagar a pensão da filha.
O momento de descontração veio após o puxão de orelha público: "O estou vendo lá no fundo do plenário, que está bastante incomodado com a votação dessa proposta, mas peço que seja discreto na pressão aos senadores. Na medida em que o Senado se debruça para apreciar essa matéria muito importante, vem propostas para derrubar. Seria legislar para o nada dessa forma".
Depois que Renan virou réu, ministro do STF Marco Aurélio chegou a afastar o peemedebista do cargo em decisão liminar (provisória), argumentando que ele não poderia estar na linha sucessória da Presidência da República. Renan, porém, se recusou a receber o oficial de Justiça e o Senado disse que não obedeceria a ordem até que ela fosse confirmada pelo plenário do Supremo.
Por 6 a 3, STF manteve Renan na presidência do Senado. Senadores, ministros do tribunal e aliados do governo de Michel Temer articularam nos bastidores para evitar a saída do peemedebista a fim de preservar o calendário de votações de interesse do governo. Com informações da Folhapress.
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