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Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada apontou que o teto de gastos exigirá do governo um corte de R$ 9 bilhões. Ou seja, cerca de 3,4% de despesas não obrigatórias até 2018, mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada em 2017. Segundo o economista Manoel Pires, que projetou o efeito da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nas contas públicas, a redução deve afetar principalmente os investimentos públicos.
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“As despesas do governo federal são bastante rígidas, de forma que vários itens do Orçamento crescem por regras específicas. (...) Uma situação indesejável ocorrerá se a PEC for aprovada sem que as reformas futuras sejam realizadas. Se isso ocorrer, o Orçamento poderá ser inviabilizado, com as despesas contingenciáveis ou os investimentos públicos caindo até chegarem a zero”, alerta o economista, em entrevista ao portal O Globo.
O levantamento de Pires apontou que a PEC obrigaria o governo a um corte de R$ 5 bilhões já em 2017. As despesas obrigatórias saltariam de R$ 966 bilhões para R$ 1,06 trilhão, acima da inflação. Ainda de acordo com o estudo, caso o ritmo de crescimento das despesas com aposentadorias e benefícios assistenciais sigam o padrão atual, será necessário cortar mais R$ 25 bilhões em despesas não obrigatórias em 2018, além dos R$ 5 bilhões previstos para o ano que vem, somando R$ 30 bilhões no período.
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