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Interagir com alguém que está lutando contra um câncer não é propriamente fácil para quem nunca teve a doença. E se é, pense bem pois pode estar a dizer as coisas erradas.
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As suas intenções são as melhores, mas dizer frases como “não se preocupe, vai tudo correr bem” ou “conheço uma pessoa que teve um câncer parecido e viveu até aos 80 anos”, além de não ajudar pode deixar a outra pessoa desconfortável e até triste.
Stan Goldberg, professor de comunicação da Universidade Estadual de São Francisco, nos Estados Unidos, contou ao New York Times que “o paciente não quer que você o anime. Não quer que lhe diga que tudo vai ficar melhor, quando, na realidade, as pessoas não fazem ideia da gravidade ou do diagnóstico do câncer.”
Stan Goldberg está enfrentando uma forma agressiva de câncer da próstata e é autor do livro ‘Loving, Supporting, and Caring for the Cancer Patient’. Destaca que falar da doença de outras pessoas não ajuda nada o paciente, até porque cada caso é um caso.
E conselhos que começam por “se eu fosse você” ou “se eu estivesses no seu lugar” também não costumam funcionar pois você não sabe pelo que a outra pessoa está passando.
Conta ainda que “as pessoas com câncer vivem num mundo diferente de uma pessoa saudável. Percebem as coisas de forma diferente”, por isso em vez de tentar perceber ou de julgar, limite-se a aceitar e se disponibilize para ouvir se a outra pessoa quiser falar.
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