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Um novo golpe para extorquir famílias de pessoas que estão internadas em hospitais públicos e particulares tem se popularizado em diversos estados do país. Os bandidos se aproveitam da fragilidade dos familiares para, por telefone, cobrar por procedimentos falsos.
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No Rio de Janeiro, as unidades de saúde começaram a alertar sobre o chamado 'Golpe do Hospital' por meio de avisos colados em locais visíveis ao público. Este foi o caso de uma mulher cujo pai está internado no Hospital Silvestre, no bairro de Santa Teresa, no Rio. Ela chegou a ler os alertas, mas quase caiu no golpe aplicado por um 'doutor Paulo Martins'.
"Meu pai foi internado no dia 19 de novembro. Mas foi na terça-feira que recebemos a ligação. Coincidentemente, seu quadro havia piorado. Na verdade, ligaram para a casa da minha mãe e a empregada me repassou o recado. Eu liguei para o celular de um homem que se identificava como médico, Paulo Martins. Ele informou que os exames tinham constatado um quadro de pré-leucemia e que precisariam fazer novos exames, iriam submeter meu pai a uma medicação que deveria começar imediatamente", contou a mulher, que preferiu não se identificar, ao jornal O Globo.
"Para agilizar, eu teria que fazer um depósito numa conta. Desconfiei quando ele disse que era do centro cirúrgico. Meu pai não estava nessa unidade. Também estranhei quando me perguntou qual a conta bancária de minha preferência para depositar R$ 2.438, com desconto. Pedi à médica da família para falar com ele e ela me retornou dizendo que se tratava de um maluco", afirmou.
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) explica que as vítimas mais visadas são aquelas cujo paciente tem estado de saúde delicado. "As vítimas são sempre parentes que estão vulneráveis, em razão da gravidade do estado de saúde de seu parente. E, de fato, nem todo medicamento ou procedimento é coberto pelos planos. E há autorizações que às vezes demoram. Mas nossa principal recomendação é para o hospital informar aos pacientes que as unidades de saúde não cobram valores extras por telefone", explicou o presidente da Anahp, Francisco Balestrin. Ele afirma, ainda, que os centros de saúde têm reforçado procedimentos de segurança para evitar o crime.
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