SP estende a IMLs de todo o Estado sistema de busca por desaparecidos

A integração do sistema começou em julho, na capital e sua região metropolitana, e passou a atender o interior no último dia 1º

© Divulgação

Justiça Integração 18/12/16 POR Folhapress

A busca por um parente desaparecido muitas vezes passa pelo IML (Instituto Médico Legal). No caso de São Paulo, até pouco tempo, isso significaria uma peregrinação pelas 72 unidades do Estado devido à falta de integração entre os sistemas. Agora, porém, essa jornada poderá ser reduzida.

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As informações, que antes eram apenas armazenadas em um banco de dados, agora já podem ser consultadas em todo o Estado. A integração do sistema começou em julho, na capital e sua região metropolitana, e passou a atender o interior no último dia 1º.

"Esse sistema é importante pra dar uma oportunidade da população sofrer um pouco menos numa hora com essa", afirma Ivan Miziara, superintendente da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, que afirma ter constatado o problema da falta de integração há cerca de dois anos, quando foi diretor-geral do IML.

A integração foi desenvolvida pela própria equipe de tecnologia da polícia científica, sem qualquer gasto adicional. O projeto começou a ser desenvolvido no último trimestre de 2015 e é o primeiro desse tipo implantado no país.

A busca pelo sistema acontece de duas formas. A primeira é pelo nome, nos casos em que há a identificação da pessoa. A segunda, quando não há identificação, é feita por características como cor de pele, cor de cabelo, altura, peso, tatuagens e cicatrizes. Uma foto também é inserida no sistema para facilitar a busca.

Além dos IMLs, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) também tem acesso ao sistema integrado.

DESAPARECIDOS

Como a Folha mostrou no último domingo (11), de janeiro a outubro deste ano, 21.913 boletins de ocorrência de desaparecimento foram registrados no Estado, o que equivale a três pessoas por hora que perdem o convívio com suas famílias.

De janeiro de 2013 a dezembro de 2015, eram dois os desaparecidos por hora em São Paulo.

Esses são resultados preliminares do Plid (Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos), ação mantida pelo Ministério Público de São Paulo.

Os registros de pessoas desaparecidas são feitos pela Polícia Civil em cada Estado, e os dados não são integrados. Na prática, não existe no Brasil um banco consolidado de pessoas desaparecidas.

O único cadastro que o Brasil teve até hoje é de 2009, e dependia das famílias, que tinham que fazer o registro num computador. O site permanece no ar com 370 cadastros de 20 Estados. Com informações da Folhapress.

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