© Reprodução / Instagram Carol Portaluppi
A temporada 2016 do futebol brasileiro terminou, mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda trabalhou nesta segunda-feira. Em pauta, os acontecimentos da decisão da Copa do Brasil, entre Grêmio e Atlético-MG. O time gaúcho acabou multado pela invasão de gramado de Carol Portaluppi, enquanto o atleticano Erazo foi suspenso por quatro jogos pela briga com o rival Kannemann.
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Na súmula do empate por 1 a 1 na Arena do Grêmio, resultado que garantiu o título ao time gaúcho, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira relatou o atraso de 22 minutos para entrega da relação de atletas dos anfitriões, além de arremessos de bobinas de papel em campo e uso de sinalizadores pela torcida.
O que foi mais considerado, no entanto, foi justamente a entrada de Carol Portaluppi. Como já havia acontecido na semifinal, a filha de Renato Gaúcho invadiu o campo para comemorar o título com o pai. Por mais que o Grêmio garantisse que ela podia estar ali, já que tinha credencial, o tribunal decidiu multar o clube em R$ 60,8 mil.
"Está comprovado nos autos que ela estava no campo com credencial e não há de se falar em invasão. Com relação ao sinalizador houve violação do previsto no regulamento. A defesa pede a desclassificação para o artigo 191. Ao atraso, o time pegou muito transito e acabou atrasando na chegada ao estádio", tentou explicar o advogado do Grêmio, Marcelo Mendes.
Já o Atlético-MG acabou impactado com a suspensão de Frickson Erazo. O zagueiro equatoriano foi expulso após o apito final da partida por uma briga com Kannemann, que também recebeu o vermelho mas foi absolvido no julgamento desta segunda.
Erazo foi julgado por agressão, depois de Luiz Flávio ter relatado na súmula da partida uma "luta corporal" do zagueiro com Kannemann. Os auditores entenderam que o atleticano agrediu o gremista e, por isso, aplicou um gancho de quatro partidas. Em relação a Kannemann, consideraram que o argentino apenas tentou se livrar do rival e, por isso, o absolveram.
"O zagueiro Erazo já passou pelo Flamengo, Grêmio e Atlético. Na jogada, foi pênalti e o jogador segura o Kannemann para evitar o pior. Numa sequencia do lance eles caíram e se embolaram. Toda hora tem esse 'embola embola'. Na continuação, eles se agarraram e caíram juntos. Não vejo agressão física no lance. Talvez o Erazo se excedeu por segurar o adversário. Temos que descaracterizar agressão. Peço a desclassificação e que se leve em consideração que ele sofreu um pênalti", tentou argumentar o advogado Lucas Ottoni, sem sucesso. Com informações do Estadão Conteúdo.