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O presidente Michel Temer esteve em Mogi das Cruzes (SP) nesta quarta-feira (21) para inaugurar unidades do programa Minha Casa, Minha Vida ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com quem trocou elogios.
Questionado sobre um eventual temor de que partidos da base, como o PSDB, deixem de apoiar o seu governo, Temer respondeu enaltecendo sua relação com o Congresso.
"Francamente, toda a modéstia de lado, desde a Constituição de 1988 ninguém conseguiu apresentar as propostas que nós apresentamos. O teto dos gastos é uma coisa problemática e nós conseguimos aprovar [a PEC] com uma maioria significativa tanto na Câmara como Senado. E isso evidentemente com apoio de outros partidos e em particular do PSDB, que tem nos dado um apoio extraordinário", disse o presidente.
Nesta terça, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) declarou em entrevista a uma rádio de João Pessoa que Temer poderá ter "dificuldade" para concluir o mandato. Ao comentar o episódio, o peemedebista disse que tem "apoio maciço" do Congresso.
"Se nós não estivermos habituados a falas dessa natureza, nós não conseguimos governar. Nós temos que passar adiante. Uma ou outra fala é circunstancial, é momentânea, episódica, o que vale é o apoio maciço que estou recebendo do Congresso Nacional", afirmou.
Temer destacou ainda a ajuda que tem recebido do PSDB para a tramitação de sua proposta de reforma da Previdência -que, em uma semana, recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
O presidente esteve em Mogi das Cruzes para entregar 420 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, que tiveram investimento de R$ 37,3 milhões do governo federal e de mais R$ 5,4 milhões do governo de São Paulo, por meio do programa Casa Paulista.
Além de Temer e Alckmin, participaram da cerimônia o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi. A Caixa é responsável pelos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida.
Em seu discurso, Alckmin adotou um discurso de "pacificação" na linha do que Temer tem feito. "No Brasil de hoje não há mais espaço para nós contra eles. O Brasil de hoje tem de ser de nós, cidadãos brasileiros, que estamos aprendendo com esta crise", disse o tucano.
"Eu, ao longo do tempo, tenho pregado exatamente a pacificação do nosso país", continuou Temer em seu discurso, invocando o espírito natalino de "solidariedade".
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