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A ex-presidenta Dilma Rousseff esteve em Buenos Aires, na Argentina, nessa quinta-feira (22), onde foi homenageada com o título de Doutora Honoris Causa concedido pela Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho (UMET).
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Sob muitos aplausos, bandeiras e cartaz com dizeres como "#VoltaQuerida", Dilma foi recebida calorosamente por militantes e organizações sociais. Ela falou sobre justiça social, democracia e luta das mulheres na América Latina.
Em discurso, a ex-presidenta ressaltou o importante papel dos governos do PT com Lula e ela, onde promoveram uma maior integração e cooperação entre as nações do continente. "Os países da América Latina passaram a ser prioridade de nossas relações durante os nossos governos", ressaltou Dilma.
Sobre a atual situação do Brasil, especialmente após as delações premiadas da Odebrecht, e a possibilidade de uma eleição indireta no Brasil, caso o presidente Michel Temer renuncie ou seja cassado, Dilma classificou a situação como sendo um golpe dentro do golpe.
"Com o golpe de 1964 ocorreu algo parecido, ele só se concretizou mesmo em 13 de dezembro de 1968 [data do Ato Institucional-5]. Também agora estamos vendo um longo processo de golpes, que começaram com a minha saída por meio de um impeachment fraudulento", analisou.
Ao falar sobre a democracia, a petista afirmou que o processo que vive hoje o Brasil é um "ataque de fungos e parasitas que está corroendo nossa democracia". Dilma ainda ressaltou que "o Mercosul aplica hoje a cláusula democrática a governos democraticamente eleitos e não a governos golpistas."
Dilma falou sobre a luta das mulheres latino-americanas e fez uma convocação para que todas se unam nas ruas contra o machismo, luta que segundo ela viveu de perto durante todo o seu mandato. "Podemos ser diferentes, mas não desiguais", disse Dilma.
Além do auditório da UMET lotado, do lado de fora, milhares de pessoas também acompanhavam a apresentação de Dilma Rousseff, por meio de um telão gigante. (Sputnik)
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