© Divulgação / Polícia Civil
O homem suspeito de estuprar e matar a militante feminista Débora Soriano, de 23 anos, já havia sido condenado a 11 anos de prisão por roubo e estupro em 2009. Willy Gorayeb Liger foi preso em Ubaitaba (BA) na última quarta-feira (22) pelo crime que aconteceu dia 14 de dezembro em São Paulo.
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“Precisou matar uma menina para o rosto dele estar estampado em todos os jornais”, disse a vítima de 2009 em entrevista ao Ponte Jornalismo. A jovem, que não quis ser identificada, conta que tinha 18 anos à época do crime.
"Eu estava a caminho de casa, quando parou um carro ao meu lado e o rapaz parou e me ofereceu carona. Eu recusei. Ele foi muito educado comigo, perguntou se eu queria carona até em casa e eu, muito educadamente, respondi que eu não queria, que eu estava perto de casa e não queria e continuei em frente. Quando eu vi que ele parou um pouco mais a frente. Só que na minha cabeça nada ia acontecer. Na minha cabeça, ele tava doidão, tava bêbado e não ia fazer nada comigo. Mais uma vez, ele ofereceu carona e eu disse que eu não queria. Agradeci e continuei seguindo em frente”, disse.
“Eu senti um puxão muito forte de cabelo. Ele me derrubou no chão e disse que eu iria com ele, sim. Que se eu não fosse com ele, ele iria me matar. Eu levantei, ele pegou e me jogou dentro do carro e deu a volta para entrar. Foi quando eu abri a porta e sai correndo novamente. Ele me alcançou, me jogou no chão e começou a me enforcar, enforcar, enforcar”, relembra. “Ele me machucou muito. Teve um momento que ele foi colocar a mão na minha boca para tapar, para tentar abafar meu ar, eu dei uma mordida nele. E ele ficou com mais raiva e me batia. Até o momento que eu não aguentei mais e me fingi de morta”.
A vítima passou por exames que comprovaram o estupro. Willy foi condenado a 11 anos de prisão, mas deixou o presídio após cumprir pena de seis meses. De acordo com a vítima, ele fugiu para a Bahia e voltou à zona leste de São Paulo quando se sentiu seguro.
Após exames feitos no corpo da vítima, o estupro foi confirmado e o jovem de 20 anos na época foi condenado a 11 anos de prisão. Seis meses depois da condenação, ele estava fora do presídio. De acordo com a vítima, ele havia fugido para a Bahia e retornado à zona leste de São Paulo por se sentir seguro.
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