Queda na confiança industrial indica 1º tri ainda ruim, diz FGV

O dado desfavorável indica que o primeiro trimestre de 2017 será ainda muito ruim para o setor, sinalizou a economista

© DR

Economia Pessimismo 26/12/16 POR Estadao Conteudo

Depois de oscilar alguns meses levemente entre baixas e altas, a queda forte e generalizada de 2,2 pontos na Confiança da Indústria, medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), de dezembro é um resultado muito negativo. Essa é a avaliação da coordenadora da Sondagem da Indústria do Ibre/FGV, Tabi Thuler Santos. O dado desfavorável indica que o primeiro trimestre de 2017 será ainda muito ruim para o setor, sinalizou a economista.

PUB

De acordo com ela, a desvalorização cambial no início do ano e redução no ritmo de produção ajudaram a indústria a adequar os estoques, o que contribuiu para a diminuição do pessimismo dos empresários no segundo semestre. Dessa forma, a confiança começou a crescer baseada na expectativa de que a demanda interna voltaria a se aquecer no curto prazo. Mas, como isso não aconteceu, o indicador retornou ao terreno negativo.

"A indústria ficou em compasso de espera no decorrer do segundo semestre, aguardando uma melhora na situação atual. Mas o mercado interno continuou muito fraco e a indústria voltou para um ambiente muito ruim. Agora a expectativa é que a indústria comece o ano com produção, emprego, demanda e ambiente de negócios fracos", resumiu a coordenadora da pesquisa.

Por isso, Tabi sinalizou que a indústria não tem condição de melhorar no primeiro trimestre. Ela considerou, no entanto, que só pelo dado de dezembro não há como determinar uma tendência de retração na confiança nos próximos meses. Tabi ainda disse que os indicadores de confiança fazem uma análise de curto prazo, por isso, não é possível traçar o cenário industrial para todo o ano que vem.

Mesmo assim, a coordenadora da pesquisa disse que o nível recorde de ociosidade atingido em dezembro (72,5%) e as incertezas políticas e econômicas, especialmente com as revisões para baixo do PIB de 2017, dificultam muito o investimento produtivo na indústria no ano que vem.

"O indicador de confiança alimenta as reduções nas projeções de PIB, que, por sua vez, contaminam ainda mais o ambiente de pessimismo e diminuem a disposição para investimentos. É um ciclo vicioso negativo", disse.

A grande incerteza, segundo Tabi, também pode levar os empresários a errarem mais uma vez o planejamento de produção. Dessa forma, os estoques podem voltar a se acumular. "De maneira geral, o indicador encerra o ano com uma notícia muito negativa".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Harry e Meghan Markle Há 5 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama Vídeo Há 5 Horas

DiCaprio é acusado de 'comportamento desrespeitoso' em hotel

politica Investigação Há 5 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

esporte Redes Sociais 22/11/24

Neymar rebate declaração de Rodri sobre Vini Jr: 'Virou falador'

politica Investigação Há 5 Horas

PF põe Bolsonaro como líder de organização e vê viagem aos EUA como parte de plano, diz TV

fama Documentário 22/11/24

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

brasil Goiás Há 6 Horas

Piloto de avião que caiu em Goiás mandou vídeo dentro de aeronave

fama MARIA-FLOR agora mesmo

Todo mundo diz que tenho cara de boazinha, mas sou brava, diz Maria Flor

economia Banco do Brasil Há 7 Horas

Banco do Brasil: Clientes aplicaram R$ 4,7 mi no Tesouro via WhatsApp desde lançamento

mundo Guerra na Ucrânia Há 5 Horas

Rússia diz que ataque com míssil hipersônico foi aviso ao Ocidente